Reflexo da perda de renda, muitos consumidores esperam a Black Friday 2016 para fazer compras, segundo pesquisa realizada pelo Google sobre as intenções de compras para a campanha de descontos do varejo, nascida nos Estados Unidos e hoje promovida em vários países. O levantamento confirma as expectativas do governo e de analistas do mercado financeiro em torno da recuperação da economia. Além do crescimento das vendas nas datas especiais, as buscas no Google indicam que o consumidor está se planejando cada vez mais. Do início de 2014 ao início deste ano, as buscas pelo critério do preço aumentaram cerca de 60%.
De acordo com a gestora do Google, Carol Rocha, o resultado do evento, realizado em novembro, é crescente nos últimos cinco anos. O faturamento estimado em R$ 100 milhões em 2010 subiu a R$ 1,6 bilhão no ano passado, transformando o curto período da Black Friday em alavanca maior de vendas do que as duas semanas que antecederam o Dia das Mães, tradicionalmente a segunda melhor data do varejo brasileiro, depois do Natal.
“O ritmo do crescimento da data de descontos é acelerado e bem superior ao do e-commerce e do varejo. No ano passado, enquanto o e-commerce cresceu 15%, as vendas no Black Friday aumentaram 38%", explica Carol.
Para a gestora do Google, a maior consciência em relação às compras leva ao planejamento e as buscas pelos produtos e preços tornam-se aliadas do chamado processo inteligente de consumo. No Brasil, os consumidores online já somam quase 40 milhões, três quartos dos quais já participaram de alguma edição da Black Friday. Em 2012, o percentual que comprou na Black Friday foi de 22%, enquanto em 2015, foi de 64%.
Outro dado divulgado pelo Google é o gasto médio do consumidor em 2015, que foi de R$ 1.098, o dobro daquele observado em outras datas sazonais. Quase um quarto dos compradores (23%) teve um gasto médio de R$ 3.041; a maioria (54%) desembolsou R$ 688,70; e 23% gastou menos de R$ 117,70.
Segundo José Melchert, especialista na área de varejo do Google, a Black Friday está alinhada ao Dia das Crianças e ao Natal, compondo uma grande temporada de vendas. De acordo com a pesquisa, a Black Friday, em lugar do Natal, é uma compra pessoal: mais da metade (53%) compra apenas para si mesmo. A pesquisa do Google sobre comportamento do consumidor brasileiro na Black Friday foi encomendada pela empresa e realizada pela Provokers, que ouviu quase 800 brasileiros, de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, nas cinco regiões do país, durante o mês de agosto.
Fonte: Varejista.com.br