Inflação na RMBH perde o ritmo

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IPCA avança 0,16% em novembro e está abaixo da média nacional, segundo IBGE

 

 


Puxada pela queda nos preços dos alimentos e transportes, a inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) desacelerou em novembro. No último mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou em 0,16%, valor inferior ao observado em outubro (0,33%). Apesar de positiva, a variação foi a sexta menor do País, que teve Goiânia, em Goiás, como a capital com o melhor resultado: -0,31%.

 

Principal causa da inflação de 0,84% verificada em novembro de 2015, o grupo dos alimentos - com um recuo de 0,24% nos preços - foi desta vez o que mais contribuiu para o arrefecimento do indicador. Os subitens de alimentação que tiveram o maior impacto para a desaceleração do IPCA na RMBH foram, na ordem, leite longa vida (-7,02%), feijão-carioca (-14,31%), tomate (-0,88%), batata-inglesa (-4,75%), queijo (-1,58%) e alho (-4,57%). O almoço fora de casa, que tem um peso significativo no cálculo da inflação, também influenciou no resultado, ao sair de uma alta de 0,54% em outubro para 0,16% em novembro.

 

 

"Além da alimentação, o grupo transportes também teve queda. Esses dois juntos foram, portanto, os principais responsáveis para que a inflação desacelerasse no último mês na RMBH. As influências na região, aliás, foram bastante parecidas com as do indicador nacional", explicou a gerente do IPCA, do IBGE, Irene Machado. Em novembro, os transportes na RMBH apresentaram retração de 0,02%. A queda foi motivada pela diminuição dos preços dos subitens ônibus intermunicipais (-2,15%), conserto de automóvel (-0,41%), passagem aérea (-3,05%) e automóvel novo (-0,96%). Na contramão, o grupo despesas pessoais foi o que registrou a maior elevação nos valores (0,71%), puxada pelo aumento nos subitens empregado doméstico (0,92%) e manicure (1,96%).

 

Acumulado - No acumulado do ano, o IPCA na região soma uma alta de 6,34%. Em 12 meses, a variação é um pouco maior: 6,96%, mas ainda assim inferior à média do País, calculada pelo IBGE em 6,99%. Segundo o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC), a projeção de especialistas do mercado financeiro para a inflação no Brasil para o ano de 2016 apresentou uma ligeira melhora. De alta de 6,72%, o indicador passou a uma expectativa de elevação de 6,69%, mais próxima ao teto da meta, de 6,5%, estabelecido pelo governo federal.

 

De acordo com Irene Machado, diante dos resultados de novembro, ainda existe uma chance de a inflação para o País fechar dentro do teto da meta. Isso porque, em dezembro de 2015, o indicador ficou em 0,96%, uma base muito alta de comparação.
"Agora a gente precisa esperar para ver o que vai entrar. Como em novembro o IPCA teve variação de 0,18%, a gente acredita que dezembro não tenha uma variação tão grande e seja possível ficar dentro do teto da meta", pontua a gerente do IPCA.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 

 


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