Empresários creem em melhora da economia, mas devem investir menos em ampliação

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SÃO PAULO - Pesquisa feita com empresários do varejo e do setor de serviços mostra que 58,4% dos entrevistados confiam que o desempenho da economia brasileira em 2017 será melhor do que foi em 2016. O mesmo levantamento revela, porém, que, se comparada à pesquisa anterior - que media as expectativas para 2016 -, a parcela de empresas desses setores que pretende investir na ampliação de seus negócios caiu de 39,3% para 27,6%. Houve aumento, de 13,9% para 20,9%, no porcentual dos empresários com planos de lançar novos produtos ou serviços.


Ainda que a expectativa de melhor ambiente econômico prevaleça, 37% disseram temer que o País não consiga sair da crise, e 19% têm medo de serem forçados a fechar seus negócios.


Entre os empresários mais pessimistas em relação ao desempenho econômico (8,3% dos entrevistados), 39,7% acreditam que ficará mais difícil neste ano economizar, fazer aplicações financeiras ou ter capital de giro. Para 26,5% desse mesmo grupo, será mais difícil manter as contas em dia.


Realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a pesquisa ouviu 822 empresários de todas regiões do Brasil entre 25 de novembro e 9 de dezembro. O levantamento abrange empresas de varejo e serviços de todos os portes, com margem de erro de 3,4 pontos porcentuais para baixo ou para cima.


Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o resultado do levantamento indica a visão do setor de que, mesmo no cenário mais otimista, a superação da recessão econômica será lenta. "Isso, no entanto, não significa que ninguém possa crescer. Há empresas que mesmo na crise conseguem avançar. Isso depende fundamentalmente do setor, mas também de atitudes que podem estar ao alcance do empresário", afirma.

 

 
Estadão Conteúdo


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