BH: Comércio mineiro estima crescimento na Páscoa

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A maior parte dos comerciantes de Belo Horizonte acredita que as vendas da Páscoa de 2017 terão aumento em relação às do ano passado. Segundo pesquisas divulgadas ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), entre os empresários, 74,2% acreditam que as vendas deste ano serão iguais (36,6%) ou melhores (37,6%) que as de 2016.

 

Mas, para garantir esse resultado, os vendedores terão que trabalhar duro, já que o levantamento indicou que o consumidor está bem cauteloso. A maioria - 76,6% - disse que vai gastar até R$ 100, sendo que 66,2% revelaram que vão comprar poucos produtos de menor valor.

Além disso, 68,6% dos compradores estarão de olho nas promoções, e 28,2%, nos preços reduzidos. De acordo com a pesquisa, 48,2% pretendem gastar menos que no ano passado, 33,1% o mesmo valor e 18,7%, mais.

 

Segundo a Fecomércio, o levantamento indicou que 48,8% dos entrevistados disseram que vão presentear durante as comemorações da Páscoa deste ano, que acontece no próximo dia 16. O índice é semelhante ao do ano passado, que ficou em 48,7% e não obteve bons resultados. Em 2016, a indústria nacional amargou queda de 27% na venda dos ovos.

 

O economista da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, disse que não há um desencontro entre a expectativa dos comerciantes e a intenção dos consumidores. "Há indicadores, como a queda da inflação e das taxas de juros, que levam à retomada da confiança dos consumidores", disse.

 

Segundo ele, esses indicadores, junto às ações dos comerciantes, como promoções e marketing, podem levar ao resultado aguardado. Ele ressalta ainda que a expectativa positiva leva em conta os resultados de 2016, que foram ruins. Reação do comércio (28,6%) e realização de ações promocionais (20,2%) foram os principais motivos apontados para expectativa por esse resultado.

 

Entre as empresas pesquisadas, 25,8% acreditam que as vendas no período serão inferiores às 2016. Os principais motivos apontados para essa expectativa negativa são a crise econômica (37,5%) e o endividamento do consumidor (20,8%).

Para melhorar as vendas no período, 35% pretendem realizar promoções e liquidações para atrair o consumidor, 23,3% oferecerão um atendimento diferenciado e 17,5% irão investir em propaganda.

 

O consumidor não pretende assumir dívidas, sendo que 68,8% deverão fazer as compras da data pagando à vista, no dinheiro ou cartão de débito.

Quanto à expectativa de gastos dos consumidores, os empresários também estão cautelosos: 86,7% acham que as pessoas vão desembolsar até R$ 100. Para 39,7% dos comerciantes, os compradores vão consumir produtos de R$ 30 a R$ 50.



Fonte: Diário do Comércio de Minas

 


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