Comércio deve ter alta nas vendas do Dia das Mães após dois anos de queda

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As vendas do comércio no Dia das Mães de 2017 devem ser melhores que a do ano anterior, segundo estimativa divulgada na terça-feira (9) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmada a previsão, será o primeiro crescimento após dois anos consecutivos de queda.

A previsão é que as vendas no Dia das Mães movimente R$ 9,2 bilhões, uma alta de 3,8% na comparação com o ano anterior (já descontada a inflação). Em 2016, as vendas caíram 9%, após recuo de 0,4% no ano anterior.

 

Ainda segundo a CNC, a contratação de trabalhadores temporários pelo comércio deve ter um pequeno crescimento neste Dia das Mães, com 20,6 mil vagas. Em 2016, foram 20,1 mil vagas. A entidade estima ainda que, apesar da maior oferta de postos de trabalho, a taxa de efetivação deve se manter abaixo da média histórica de 5,5%. O motivo, segundo a avaliação de Fabio Bentes, economista da CNC, são as condições de consumo ainda frágeis diante da lentidão da recuperação da economia.

 

Os preços dos presentes

A CNC destaca que os produtos e serviços que são considerados os mais procurados no Dia das Mães tiveram a menor alta de preços nos últimos 12 meses em 10 anos. A entidade considera os dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Segundo o índice, os produtos acumularam alta de 4,6%.

 

Entre os produtos que apresentaram queda de preços em relação a 2016 estão os itens de mobiliário (-0,9%), joias e bijuterias (-0,7%) e aparelhos telefônicos (-0,8%). Na visão da CNC, esses produtos devem impulsionar as vendas do comércio. No entanto, há ainda produtos que tiveram aumento significativo de preços como chocolates (+14,6%), tênis (+11,6%) e artigos de maquiagem (+11,2%).

 

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) também aponta aumento nos preços dos produtos mais demandados no Dia das Mães. Segundo dados do IPC, esses itens tiveram alta de preços de 4,76% entre maio de 2016 e abril de 2017, variação acima na inflação acumulada no mesmo período, de 4,17%.

 

Entre os presentes pesquisados pela FGV, as maiores altas de preço foram de perfumes (7,92%), ventiladores (7,45%) e liquidificadores (7,28%). Já as maiores quedas foram de celulares (-4,05%), roupas (-1,27%) e máquinas fotográficas (-0,12%).

 

Para os filhos que preferem levar as mães para um passeio no lugar de dar presentes, a FGV aponta que os preços dos serviços aumentaram mais do que os presentes, com alta de 6,41% (contra 2,4% dos presentes). Entre as maiores altas nesse segmento estão os preços de teatro (36,66%), show musical (9,79%) e cinema (6,91%).

 

A proporção de consumidores que pretende escolher o presente de Dia das Mães pelo preço aumentou em 2017, enquanto os que irão focar no desejo da pessoa que irá recebê-lo diminuiu. O dado é de uma pesquisa divulgada na segunda-feira (8) pela Boa Vista SCPC.

 

Segundo o estudo, para 43% dos consumidores o preço é o elemento mais relevante para a decisão de compra do presente de Dia das Mães. Isso significa que o valor dos itens é a questão mais citada pelas pessoas em 2017. No ano passado, essa proporção era de 26%, na terceira resposta mais frequente.

 

 

Fonte: G1

 


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