A economia brasileira vai ficar estagnada até 2019, quando um novo presidente da República deve assumir o cargo e terá condições políticas para implantar mudanças capazes de fazer o Brasil crescer de forma mais robusta novamente.
A opinião é do professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e presidente da Associação Keynesiana Brasileira, Nelson Marconi, para quem o presidente Michel Temer não conseguirá se manter em seu cargo até o final do mandato, em 2018. E mesmo quem o substituir, acrescentou, não conseguirá andar com as reformas e colocar o país em rota de crescimento.
"A economia vai ficar em banho-maria", afirmou Marconi. "A economia brasileira deve se comportar mais ou menos como o último ano do governo (José) Sarney (presidente entre 1985 e 1990), só que sem a hiperinflação, quando todo mundo esperava o resultado da eleição de 1989", acrescentou o economista.
Mais espera
Marconi acredita que, se a troca de Temer se confirmar, a equipe econômica deve ser mantida, mas não terá força política para aprovar as reformas diante da proximidade do pleito no próximo ano.
A principal delas, a reforma da Previdência Social, é considerada fundamental para colocar as contas públicas em ordem e tem grande apoio do mercado financeiro.
Fonte: Reuters