Desaceleração do IPC-M em maio tem contribuição do grupo Alimentação, diz FGV

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São Paulo - A principal contribuição para a desaceleração registrada em maio no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), veio do grupo Alimentação, que apresentou deflação de 0,13% ante alta 0,90% em abril.

 

No mesmo intervalo de tempo, o IPC-M passou de 0,33% para 0,29% e o IGP-M registrou deflação menor, de -1,10% para -0,93%. Nesta classe de despesa, a Fundação Getulio Vargas (FGV) destacou o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 14,86% para -0,05%.

 

De acordo com a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras três das oito classes de despesas que compõem o indicador: Educação, Leitura e Recreação (0,16% para -0,44%), por influência de passagem aérea (4,31% para -14,23%); Saúde e Cuidados Pessoais (1,07% para 0,93%), com destaque para artigos de higiene e cuidado pessoal (1,50% para -0,34%); e Despesas Diversas (0,37% para 0,25%), por contribuição de cigarros (0,31% para 0,00%).

 

No sentido contrário, quatro classes de despesas apresentaram acréscimo nas variações: Habitação (0,02% para 0,80%), Vestuário (-0,65% para 0,51%), Transportes (-0,25% para -0,08%) e Comunicação (0,21% para 0,73%).

 

As maiores influências de baixa para o IPC-M na passagem de abril para maio foram passagem aérea (4,31% para -14,23%), tomate (55,45% para -9,80%), laranja pera (-2,76% para -10,35%), gasolina (mesmo com a taxa mais alta, de -1,75% para -0,79%) e etanol (apesar da deflação menor, de -4,11% para -2,07%).

 

A lista de maiores pressões positivas, por sua vez, é composta por tarifa de eletricidade residencial (-1,73% para 4,57%), plano e seguro de saúde (mesmo com a leve desaceleração de 0,99% para 0,98%), batata-inglesa (a despeito da taxa menor, de 18,81% para 16,13%), condomínio residencial (0,25% para 1,16%) e refeições em bares e restaurantes (apesar do alívio de 0,51% para 0,24%).

 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em maio, variação de 0,13%, como já havia sido divulgado no dia 26 de maio. Em abril, o resultado do INCC foi negativo em 0,08%.

 

 

 

Fonte: Estadão Conteúdo

 

 

 


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