O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a possibilidade de uma nova devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à União está em discussão.
"Estamos analisando o fluxo de caixa do BNDES para saber até que ponto se justifica esses recursos ficarem no caixa", afirmou. "Analisamos se seria melhor os recursos do BNDES serem devolvidos para o Tesouro para amortização da dívida pública", disse, após evento promovido pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Questionado se estava otimista com a votação do relatório que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), na comissão mista que analisa o tema, respondeu: "Vamos em frente".
Refis
Meirelles ainda disse ontem que o governo ainda está negociando um acordo para o Refis. "Teremos novas conversas", afirmou. "Tudo está avançando e vamos procurar concluir o mais rápido possível. Estamos avançando na direção correta", acrescentou.
O ministro da Fazenda afirmou ainda que é preciso chegar a um ponto que permita que as empresas prejudicadas pela crise econômica possam retomar a regularidade fiscal e de crédito e que, também, assegure ao País arrecadação adequada e seja uma sinalização para o futuro.
Meirelles disse que será feita uma revisão "profunda" dos vetos do presidente Michel Temer a pontos da LDO de 2018, mas que os vetos são bem fundamentados e isso será apresentado em reunião com parlamentares da Comissão Mista de Orçamento (CMO), nesta terça às 12 horas. "Temos que preservar os interesses do País", acrescentou.
O ministro disse ainda que a proposta de reforma tributária do deputado Luiz Carlos Hauly (PMDB-PR) é "interessante e vai na direção correta", mas ressaltou que a discussão do tema está em fase inicial.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo está trabalhando na modelagem do processo de privatização da Eletrobras e fazendo avaliação sobre valores e modelagem. "Logo que tenhamos avaliações mais precisas faremos o anúncio completo", afirmou o principal nome da equipe econômica.
Comentou ainda que o leilão de usinas da Cemig, previsto para setembro, "está marcado". Ele afirmou que a empresa mineira está tentando levantar recursos no BNDES e em outros bancos para tentar manter as usinas que serão devolvidas
"Vamos analisar a proposta da Cemig como a proposta de outras operadoras. Do nosso ponto de vista, o importante é que a proposta seja financeiramente viável e atenta os interesses da União", informou.
Meirelles disse que a Cemig poderá participar do leilão. "Para a Cemig conseguir trazer uma proposta que possa justificar a não existência do leilão, ainda falta muito", completou o ministro.
Fonte: Estadão Conteúdo