O presidente Michel Temer aproveitou o discurso na cerimônia na qual anunciou a liberação de R$ 15,9 bilhões de contas inativas do PIS/Pasep para reiterar que, apesar das dificuldades, há quatro meses estão sendo registrados números positivos na economia.
"Sem embargo desses índices positivos, nós sabemos das dificuldades", afirmou Michel Temer, depois de lembrar que aprovou no Congresso o teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos, que será importante "para reduzir o déficit", mencionou o presidente da República.
Sobre a liberação de R$ 15,9 bilhões de recursos do PIS/Pasep, Temer citou que se espelhou na medida anterior do FGTS, que injetou R$ 44 bilhões na economia, para beneficiar agora 8 milhões de pessoas. O presidente informou que as pessoas atendidas pela medida receberão, em média, R$ 1,2 mil. Mas a maioria dos cotistas inativos terá direito a R$ 750 ao menos.
Temer disse também que terão direito ao benefício, mulheres com mais de 62 anos e homens com mais de 65. Após comentar que anteriormente esses recursos só eram liberados para quem tem mais de 70 anos, Temer explicou que usou esta regra de idade diferenciada seguindo o exemplo usado para a reforma da Previdência, que está sendo votada no Congresso e que terá um prazo de 20 anos de transição para começar a valer integralmente.
"A partir de outubro, poderão ir ao banco sacar seus valores. Parece pouco, mas li que a média é de R$ 1,2 mil por pessoa. Com isso, se cumpre mais uma missão social", declarou.
Temer fez questão de alfinetar o governo passado ao lembrar que quando assumiu o Planalto, "apanhamos o País com um déficit extraordinário". Em seguida, justificou a demora da recuperação da economia ao citar que "a equipe econômica verificou que isso não se resolve de um ano para outro, em um passe de mágica". Em seguida, disse que "precisamos ter esse equilíbrio, ninguém em casa pode gastar mais do que ganha", diz o presidente.
Fonte: Estadão Conteúdo