São Paulo - Menos otimista que a média nacional, mas ainda sim prospectando avanço do varejo neste final de ano, os lojistas cariocas projetam crescimento de 3% nas vendas ligadas ao Natal deste ano, na comparação com 2016.
Os dados fazem parte do estudo do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), que ouviu 750 lojistas (51% de lojas de rua e 49% de shopping). De acordo com o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, o moderado otimismo dos lojistas é reflexo do fraco desempenho das vendas em todas as datas comemorativas deste ano que não atingiiram a expectativa de crescimento.
"No caso do Estado do Rio de Janeiro a crise econômica está inibindo o consumidor. E quando a economia vai mal afeta o clima de otimismo e inviabiliza as compras. É o ambiente econômico quem dita o comportamento do consumidor. É a economia em desenvolvimento harmonioso que sustenta os ciclos de crescimento", comenta Aldo.
Ainda segundo ele, por mais otimista que o comerciante possa ser não pode deixar de reconhecer que o momento é preocupante. "Há sinais de desconforto além do comum. Há inquietação entre empresários de pequeno porte e de porte nem tão pequeno. Há portas se fechando em ruas de forte tradição comercial. Há muito não por fazer, mas por voltar a fazer. O fato é que este clima de desconforto e de incertezas atinge fortemente a todos os setores de atividade, especialmente o comércio."
Para 59% dos lojistas entrevistados o preço médio dos presentes por pessoa deve ser de R$ 170 e, para aumentar as vendas, 60% disse que pretendem abrir as lojas aos domingos no mês de dezembro e estender o horário de atendimento. Para isso 68% dos lojistas de rua pretendem aumentar a segurança com equipes de apoio e melhorar o monitoramento com câmeras.
Fonte: DCI São Paulo