As vendas do varejo brasileiro cresceram no Natal deste ano, revertendo três anos consecutivos de queda e registrando o melhor desempenho desde 2010. É o que apontam dois estudos divulgados ontem.
Um deles, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, mostrou um crescimento de 5,6% na semana entre os dias 18 e 24 deste mês, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o resultado foi o melhor dos últimos sete anos. Considerando apenas o fim de semana que antecedeu o Natal (de 22 a 24), no entanto, o avanço foi mais ameno, de 0,8%. Somente na cidade de São Paulo, as vendas avançaram 5,2% na semana natalina, enquanto no fim de semana houve uma expansão de 0,6%.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aumento no volume de vendas do comércio reflete a recuperação da renda real dos consumidores, influenciada pelo recuo da inflação e pela queda do desemprego, além da retomada da confiança e do crédito, após as quedas nos juros.
Os dados da pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) vão em linha com os da Serasa e também apontam para uma retomada do consumo. Segundo a entidade, as consultas para vendas a prazo na semana anterior ao Natal (entre 18 e 24 de dezembro) aumentaram 4,72% na comparação com 2016, sendo o primeiro ano de alta após três temporadas consecutivas de retração – nesse período, os resultados de vendas a prazo no Natal foram: -1,46% (2016), -15,84% (2015) e -0,7% (2014).
“O acesso ao crédito mais difícil e os juros elevados ainda limitam o poder de compras dos brasileiros, mas com a economia dando sinais de retomada os consumidores foram às compras de forma menos tímida que nos últimos anos”, disse o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, em nota.
Neste ano, segundo a entidade, o gasto médio do brasileiro com o total de presentes de Natal foi de R$ 461,91.
E-commerce
Em ascensão, a Ebit estima que o e-commerce tenha faturado R$ 8,7 bilhões no período do Natal deste ano, uma alta nominal de 13% na comparação com os R$ 7,7 bilhões registrados no ano passado. O volume de pedidos também expandiu 13,3%, passando de 16,83 milhões para 19,06 milhões. Em contrapartida, o tíquete médio da data retraiu 1%, de R$ 462 para R$ 457.
Fonte: DCI São Paulo