O índice que mede o movimento dos consumidores nas lojas do País fechou 2017 com alta de 1,10%, depois de dois anos consecutivos de queda, de acordo com dados divulgados pela Serasa Experian.
Em 2016 e 2015, o indicador de atividade do comércio encolheu 6,6% e 1,3%, respectivamente influenciados "pela profunda e prolongada recessão econômica que se instalou no Brasil a partir da segunda metade de 2014", dizia o relatório da Serasa.
Dentre os fatores que contribuíram para a retomada econômica, ainda que tímida no ano passado, a Serasa cita a inflação baixa, a contínua retração na taxa de juros e o processo de desalavancagem do endividamento das famílias.
Além disso, o ingresso dos recursos das contas inativas do FGTS na economia e a recuperação da massa de rendimentos permitiram que as vendas do varejo revertessem a queda acumulada em 2015/2016.
De acordo com a Serasa, o destaque do varejo no ano passado foi o segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, que registrou crescimento de 1,2%. Em contrapartida, a categoria de material de construção apresentou declínio de 14,3% em 2017 em relação a 2016.
A segunda maior queda, de 12,2%, foi observada no movimento de consumidores nas lojas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios.
Ainda houve retração, de 9,5%, no segmento de combustíveis e lubrificantes; recuo de 7,5% em móveis, eletroeletrônicos e informática e variação negativa de 7,5% nas lojas de veículos, motos e peças.
Expectativas
Enquanto o varejo dá sinais de recuperação este ano, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, comenta que a queda da inflação ano passado dará fôlego para o setor este ano, tal qual a redução dos juros, no entanto, as incertezas trazidas no cenário político e as eleições de outubro podem colocar em xeque o crescimento. “As expectativas em torno das eleições terão um papel importantíssimo no cenário”.
Fonte: DCI São Paulo