A forte demanda deve dar suporte aos preços mundiais dos alimentos em 2018, previu ontem a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Os preços mundiais dos alimentos subiram 8,2% no ano passado sobre 2016, atingindo seu maior valor anual desde 2014, destacou um índice compilado pela FAO.
Os alimentos nos mercados internacionais ainda estão 24% abaixo das máximas de 2011, afirma o relatório, e a oferta de muitas commodities que compõem o índice da FAO, como cereais, oleaginosas, produtos lácteos, carne e açúcar permanece ampla. No Brasil, por exemplo, o setor de grãos acaba de registrar safra recorde em 2016/2017. “O sentimento geral é que sabemos quais são os suprimentos necessários e não há desculpas para pensar que a demanda poderá enfraquecer”, esclarece o economista sênior da entidade, Abdolreza Abbassian.
O indicador da FAO subiu em 2017, apesar de uma queda de 3,3% em dezembro em relação a novembro, com recuo acentuado nos preços de produtos lácteos, óleos vegetais e açúcar. Abundantes exportações e a baixa demanda pesaram nas cotações internacionais de leite desnatado e leite integral em pó, assim como no queijo e na manteiga. Ainda assim, o subíndice ficou 31,5% acima de 2016.
Balanço
Em dezembro, o índice de preços dos óleos vegetais caiu 5,6% em relação a novembro. Do açúcar também caiu, marcando baixa de 4,1% desde novembro. O índice de cereais se manteve estável./Agências
Fonte: DCI São Paulo