O inverno irregular em julho na capital paulista foi a principal causa da queda de 4% no movimento de vendas à vista no varejo sobre igual período de 2017, segundo o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“O sistema à vista reúne os segmentos de roupas, calçados e acessórios. As lojas foram prejudicadas pelos poucos dias consecutivos de frio mais intenso em julho. A coleção Outono-Inverno ficou parada nas prateleiras, o que antecipou e intensificou as liquidações”, diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri.
Já as vendas a prazo, que abrangem bens duráveis, de maior valor subiram 8,4%, beneficiadas por juros mais baixos, alongamento de prazos e base fraca do ano passado. Assim, o varejo registrou crescimento médio de 2,2%. “De forma geral, a economia não apresentou condições para um crescimento das vendas na faixa de 3% a 5%, que era nossa previsão inicial para o período”, diz Alfieri. Ele ressalta que a alta de 2,2% de julho representa leve arrefecimento ante à primeira quinzena do mês (2,8%). E que “a eliminação do Brasil da Copa do Mundo e o calor atípico da segunda metade de julho podem explicar esse enfraquecimento”.
Fonte: DCI São Paulo