Ainda pressionadas pelos problemas de segurança pública e financeiros, as vendas do comércio lojista do Rio de Janeiro recuaram 4,3% no acumulado do primeiro semestre do ano, em relação à igual período de 2017.
Os números são da pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), e apontam que, no mês de junho em relação ao mesmo mês do ano passado, as vendas caíram 4,2%. É o sexto mês de resultado negativo (janeiro -3,7%, fevereiro -4,4%, março 3,6%, abril -3,5% e maio -3,2%).
Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, o mês de junho, que sempre foi aquecido pelas vendas do Dia dos Namorados, este ano teve um baixo desempenho. “Este fraco desempenho também mostra que o quadro atual da economia no Estado do Rio de Janeiro, com o desemprego em alta, a violência e o desenfreado crescimento da camelotagem tem influenciado o comportamento do consumidor, afetando a sua disposição de compra”, conclui.
A pesquisa mostra também que todos os setores do Ramo Mole (bens não duráveis) e do Ramo Duro (bens duráveis) apresentaram resultados negativos. Os que registraram as maiores quedas no faturamento no Ramo Mole foram Tecidos (-9,1%), Calçados (-6,2%) e Confecções (-3,8%) e no Ramo Duro (bens duráveis) Móveis (-8,3%), Óticas (-8%), Jóias (-6,1%) e Eletro (-4,2%). A venda a prazo foi a forma de pagamento preferida no período.
Com relação aos maus pagadores, a inadimplência cresceu 0,9% em junho, sobre um ano antes. As consultas (item que indica o movimento do comércio) diminuíram 6,3% e as dívidas quitadas aumentaram 1%.
Fonte: DCI São Paulo