A economia brasileira registrou crescimento de 3,3% em junho na comparação com maio, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (20). Em maio, a economia havia tido retração de 2,6%. Em relação a junho de 2017, a economia cresceu 2,4%.
No segundo trimestre, em comparação ao primeiro trimestre, o crescimento foi de 0,3% - 6ª taxa positiva consecutiva nesta comparação. Na comparação com o 2º trimestre de 2017, a atividade econômica cresceu 1,2%.
Segundo Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, o crescimento no segundo trimestre indica que os efeitos da greve dos caminhoneiros em maio foram revertidos em junho.
"Mesmo com o trimestre tendo sido encerrado com retrações em segmentos chaves como indústria, formação bruta de capital fixo e exportação, houve crescimento da agropecuária, serviços e consumo das famílias, fazendo com que a economia continue na sua trajetória de lenta retomada”, afirmou.
Por setores
O Portal Ibre da FGV utilizada o critério de comparação do 2º trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado para analisar o desempenho dos setores.
Pela ótica da oferta, embora as atividades de extrativa mineral (-0,6%), construção (-0,5%) e serviços de informação apresentem variações negativas, os resultados sinalizam trajetória de melhora com relação às taxas divulgadas nos trimestres anteriores.
Na ótica da demanda, apenas a exportação retraiu, com queda de 2,9%.
O consumo das famílias cresceu 1,8%, indicando movimento decrescente após ter crescido 3,1% no trimestre móvel terminado em abril. O resultado positivo teve forte contribuição do consumo de produtos duráveis.
A formação bruta de capital fixo (FBCF), índice que mede os investimentos das empresas, cresceu 4,1% no período, revertendo a redução de maio em decorrência da greve dos caminhoneiros, e com melhora de todos os componentes, incluindo a construção, que ainda está negativa, mas apresentou a melhor taxa (-1%) desde maio de 2014 (-0,9%). No 2º semestre, a FBCF teve peso no PIB brasileiro de 18%. Ou seja, quase um quarto do que é produzido no Brasil dependeu dos investimentos das empresas.
A exportação caiu 2,9%. Considerando os três grandes setores, apenas a exportação de produtos agropecuários apresentou crescimento (6,7%). Já a importação cresceu 6,5%, com as maiores contribuições vindo de bens de capital e dos bens intermediários.
Fonte: G1