São Paulo - A confiança da micro e pequena empresa com as condições da economia e dos seus negócios voltou a esboçar melhora em agosto, após amargar quedas acentuadas em junho e julho, com o reflexo da paralisação dos caminhoneiros, que ocorreu em maio.
De acordo com dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o índice ficou em 51,1 pontos em agosto frente aos 46,3 pontos observados em junho e 48,9 pontos de julho.
A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos apontam o predomínio de uma visão positiva dos micro e pequenos empresários. No entanto, a proximidade do indicador com o nível neutro de 50 pontos mostra que a confiança ainda não está consolidada, apesar da melhora.
De acordo com o levantamento, é a avaliação do desempenho da economia e dos negócios nos últimos meses que tem puxado o indicador para baixo, em contraste com as perspectivas para o futuro da própria empresa e da economia, que vem mostrando pontuações melhores.
Dessa forma, o Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção dos últimos meses, ficou em 39,1 pontos, enquanto o Indicador de Expectativas, que se projeta para um horizonte futuro de seis meses, marcou 60,1 pontos, ambos acima do constatado em agosto do ano passado.
“É a imagem do copo meio cheio ou meio vazio. Os dados mostram que a maioria dos empresários de menor está otimista com o futuro, mas ainda em compasso de espera. Alguns indicadores macroeconômicos já dão sinais de melhora, mas o cenário eleitoral ainda é incerto. Isso faz com que a confiança não deslanche, mas também não retroceda a níveis do momento mais grave da recessão”, afirma o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.
Fonte: DCI