O mercado financeiro elevou pela terceira vez seguida a previsão para o fechamento da inflação deste ano, ao passar de 4,28% para 4,30%, patamar mais próximo do centro da meta, de 4,5%.
O relatório Focus do Banco Central (BC), divulgado ontem pela autoridade monetária, revelou ainda que a mediana das estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final de 2019 subiu de 4,18% para 4,20%, segunda alta seguida para esse indicador oficial de preços.
Especificamente no caso de setembro – cujo anúncio será feito na próxima sexta-feira (05/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, a perspectiva dos economistas consultados é de que o índice apresente variação de 0,41%, ante 0,40% esperado no Focus da semana passada e contra 0,23% projetados há um mês.
De acordo com IPCA-15 do mês passado, os preços variaram apenas 0,09%, mostrando desaceleração em relação à taxa de agosto (+0,13%). O grupo Alimentação e Bebidas foi um fator de baixa para o indicador, puxado pela redução de preços, principalmente, da cebola e da batata-inglesa.
Com este cenário de inflação controlado, o mercado prevê que a taxa básica de juros (Selic) termine no atual patamar, de 6,5% ao ano.
Já a mediana de expectativa de 68 analistas consultados pelo Banco Central para o crescimento econômico de 2018 foi mantida no relatório Focus desta semana, em 1,35%. Há um mês, essa projeção era de avanço de 1,44%.
Para o ano que vem, o mercado também segue a aguardar expansão de 2,50%.
Por outro lado, ontem, a agência de classificação de risco S&P Global Ratings divulgou que revisou para baixo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano de 1,8% para 1,4%.
"Acreditamos que, em geral, a situação macroeconômica se tornou mais desafiadora para a América Latina desde a nossa atualização trimestral anterior", afirma a S&P.
Fonte: DCI