No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No geral, o IPC-S saiu de 0,32%, na terceira prévia de setembro para 0,45% no último levantamento do período. Por outro lado, em agosto, a taxa havia sido de 0,07%.
Por região, as cinco cidades com acréscimo no IPC-S foram: Salvador (de 0,11% para 0,15%), Brasília (de 0,67% para 0,86%), Rio de Janeiro (de 0,18% para 0,37%), Porto Alegre (de 0,23% para 0,45%) e São Paulo (de 0,49% para 0,62%). Já os decréscimos foram em Belo Horizonte (de 0,25% para 0,20%) e Recife (de 0,27% para 0,26%).
São Paulo
Especificamente na capital paulista, o encarecimento da gasolina continuou a pressionar a taxa de inflação no local em setembro, refletindo a depreciação cambial, o que deve prosseguir, de acordo com o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Guilherme Moreira.
A alta de 4,86% do combustível no nono mês do ano representou 0,12 ponto percentual da variação de 0,39% do IPC do período. "Se não fosse a pressão nos preços administrados, o IPC de setembro ficaria quase zerado", diz, lembrando que, além dos combustíveis outros itens monitorados também impulsionaram o indicador, como por exemplo energia elétrica.
"O IPC de outubro deve ficar até menor que o setembro, em 0,35%, sobretudo puxado pelo grupo Transportes, por causa de combustíveis. Contudo, a estimativa do IPC do ano foi elevada de 3,25% para 3,63% com esse câmbio mais desvalorizado, mas o cenário de inflação ainda é favorável", diz. Além da gasolina, energia elétrica (2,41%) ficou na segunda posição de influência, contribuindo com 0,08 ponto.
Fonte: DCI