Os alimentos pesaram no bolso das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos em outubro. Segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), o grupo de alimentação ficou 1,17% mais caro no mês e puxou a alta da inflação para essa faixa da população, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1). O indicador ficou em 0,53% no mês, acima dos 0,33% de setembro.
Em 12 meses, o IPC-C1 acumula alta de 4,28%. A variação, no entanto, é menor que a registrada para o total da população, de 4,80% no mesmo período - a taxa é calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). No ano, o indicador acumula alta de 4,09%.
Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, contribuindo para o avanço do índice:
Alimentação (0,10% para 1,17%)
Transportes (0,35% para 0,71%)
Saúde e Cuidados Pessoais (0,17% para 0,38%)
Vestuário (0,62% para 0,73%)
Educação, Leitura e Recreação (0,23% para 0,37%)
Comunicação (0,08% para 0,12%)
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,22% para -0,11%) e Despesas Diversas (0,04% para -0,03%) apresentaram decréscimo.
Veja a variação dos principais itens:
Hortaliças e legumes (-4,88% para 19,51%)
Tarifa de ônibus urbano (-0,56% para 0,57%)
Artigos de higiene e cuidado pessoal (0,00% para 0,83%)
Roupas (0,71% para 0,97%)
Salas de espetáculo (-0,31% para 0,53%)
Tarifa de telefone móvel (-0,21% para 0,10%)
Frango inteiro (0,47 para 4,08)
Batata-inglesa (-6,59 para 17,11)
Tomate (-2,26 para 70,14)
Leite tipo longa vida (-3,61 para -2,22)
Tarifa de eletricidade residencial (-0,18% para -0,91%)
Alimentos para animais domésticos (0,79% para -0,45%)
Gasolina (4,15 para 1,96)
Refrigerantes e água mineral (0,78 para -1,03)
Ovos (-1,69 para -2,66)
Café em pó (0,16 para -1,25)
Fonte: G1