Os consumidores estão dispostos a comprar neste Dia das Crianças. É o que mostra uma pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As entidades descobriram que 73% do público planeja ir às compras em função da data comemorada no próximo dia 12.
A pesquisa revela um aumento expressivo em relação ao ano passado, quando 66% compraram presentes na data. Para este ano, a expectativa é que o varejo movimento R$ 10,3 bilhões.
Animados, mas nem tanto
Apesar do crescimento, os consumidores ainda estão cautelosos. O levantamento mostra que a maioria dos entrevistados pretende tomar cuidado com as despesas. Cada pessoa deve gastar, em média, R$ 198,79 com presentes. No ano passado, a previsão era de um ticket médio de R$ 186,92.
Um terço dos entrevistados (33%) planeja adquirir dois presentes, enquanto 25% somente um. Entre os produtos mais procurados no Dia das Crianças estão bonecas e bonecos (45%), roupas e calçados (33%), jogos de tabuleiro (26%) e carrinhos e aviões de brinquedo (18%).
“Os dados de intenção de compra servem de termômetro para o fim de ano, ao trazer as primeiras impressões do que deve acontecer no Natal, principalmente em um momento em que muitos brasileiros estão sentindo os efeitos de um mercado de trabalho retraído e de uma economia que tem demorado a engrenar”, analisa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
A maior parte dos entrevistados (39%) espera gastar a mesma quantia em relação ao ano passado. Outros 24% vão gastar menos e 21% têm intenção de desembolsar mais.
A principal razão para que haja um freio no consumo daqueles que pretendem gastar menos este ano deve-se ao orçamento apertado (33%), enquanto 28% desejam economizar, 15% têm intenção de pagar dívidas em atraso e 13% se veem impossibilitados de comprar por estarem desempregados.
Como e onde
Considerando as formas de pagamento mais utilizadas, 78% pretendem pagar à vista, especialmente em dinheiro (53%), e no cartão de débito (26%). Ao mesmo tempo, 36% devem optar pelo parcelamento, sobretudo no cartão de crédito (32%). Desses, a média estimada ficará entre três e quatro prestações — ou seja, quem preferir dividir as compras acabará pagando pelos presentes, pelo menos, até janeiro de 2020.
O lugar preferido dos consumidores para fazer suas compras são os shopping centers (45%), embora 39% optem pela internet, o que proporciona comodidade em pesquisar e encontrar seus presentes. Já 32% mencionaram que buscarão o tradicional comércio de rua.
Mesmo com a inflação em patamares baixos, 52% dos entrevistados avaliam que os preços dos produtos para crianças estão mais caros do que em 2018. Para 40%, os preços estão na mesma faixa e apenam 5% dizem estar mais baratos.
Fonte: No Varejo