Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central revisaram ligeiramente para a previsão para a inflação em 2020. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 13, a previsão é que o indicador feche o ano em 3,58%, enquanto na semana passada a previsão foi de 3,60%. A aposta do mercado é que os preços desacelerem e fiquem abaixo do patamar de 2019.
A previsão está abaixo da meta prevista pelo governo para este ano, que é de 4%. Porém, há uma margem de tolerância de um ponto e meio porcentual pata baixo ou para cima. Essa foi a primeira edição do boletim após os resultados do Índices Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019, que fechou em 4,31%. Pouco acima do centro da meta e também maior que a última previsão do mercado, de 4,13%. Segundo o IBGE, responsável pela divulgação do resultado da inflação, o IPCA de 2019 aumentou por conta da disparada no preço das carnes no fim do ano.
A previsão para o crescimento da economia ficou estável nesta semana. A projeção é que o Produto Interno Bruto do país feche o ano em 2,30%. Caso se confirme, será o maior crescimento desde 2013, quando o Brasil registrou PIB de 3%. Os resultados de 2019 serão conhecidos em março, mas a expectativa do mercado é que o país tenha crescido 1,17%, pouco acima do resultado de 2018, de 1,10%.
Outros indicadores
O mercado manteve a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, no fim de 2020 em 4,5% ao ano. Atualmente, a taxa de juros já está nesse patamar, o menor da história. Com isso, o mercado segue prevendo juros estáveis no ano que vem. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne no início de fevereiro para definir sobre a política monetária em 2020 e, em sua última reunião, fez mistério para onde pode caminhar a taxa.
No câmbio, o mercado financeiro projeta que o dólar termine 2020 vendido a 4,04 reais, abaixo dos 4,08 reais da semana anterior. Na última sexta-feira, a moeda americana fechou o pregão cotada a 4,10 reais. A expectativa é que a assinatura de um acordo entre EUA e China pressione menos o valor da moeda americana.
Fonte: Veja.com