O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas subiu 14 pontos em junho, para 56,7 pontos, e recuperou 33% das perdas do bimestre março-abril. Em médias móveis trimestrais, porém, recuou 8,6 pontos, para 46,4 pontos, mínimo da série histórica iniciada em 2008.
Apesar da segunda alta consecutiva do indicador, o resultado ainda é o terceiro menor da série histórica e precisa ser interpretado com cautela, segundo Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE. "A melhora sugere uma diminuição do pessimismo sobre o mercado de trabalho nos próximos meses, e que o pior momento parece ter ficado para trás. Contudo, a alta incerteza sobre o controle da pandemia e sobre o formato dessa recuperação econômica ainda são fatores que causam preocupação e podem limitar a continuidade do movimento de recuperação dos empregos", afirma.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,2 pontos em junho, para 97,4 pontos, após avançar 7,7 pontos de março a maio. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, porém, houve aumento de 1,7 pontos para 98,5 pontos. "Mesmo com o resultado positivo em junho, o indicador se mantém em patamar elevado sugerindo que ainda não é possível imaginar um cenário de melhora na taxa de desemprego no curto prazo", destaca o pesquisador.
Todos os sete componentes do IAEmp subiram em junho, após chegarem ao fundo do poço em abril e acomodarem em maio. Os indicadores subiram acima dos 17 pontos, com Emprego Previsto e Situação Atual dos Negócios na Indústria variando 24,2 e 20,7 pontos, na margem, respectivamente.
Fonte: G1