Varejo deve atenuar perdas do 2° trimestre

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As vendas do varejo em maio devem ajudar a atenuar as perdas esperadas para a economia no segundo trimestre, período considerado o fundo do poço para o comércio, pêlos impactos da pandemia.
Passado o baque provocado pelas medidas de isolamento, o varejo teve crescimento recorde de 13,9% no mês ante abril, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O varejo em maio se saiu melhor do que o previsto pêlos analistas, que esperavam que as vendas tivessem subido 6% ante abril. Parte da melhora foi reforçada pelas medidas tomadas para preservação de empregos como a redução de jornada e salário e a distribuição do auxílio emergencial de R$ 600 para desempregados e informais de baixa renda.

"Ao longo de maio, as medidas de isolamento foram mais frouxas, o que acaba se refletindo no movimento do comércio. Além disso, o auxílio emergencial ajudou, por mais que a renda das famílias não tenha sido totalmente recomposta. O varejo pôde sofrer menos", avalia o economista sénior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes.

Segundo ele, a queda do PIB do País no segundo trimestre deve ser atenuada em dois pontos percentuais, indo de uma expectativa de queda de 10% para retração de 8%.

CONSUMO VOLTOU


"A transferência de renda parece ter garantido a normalização de alguns componentes do varejo, as pessoas voltaram a consumir", afirma o economista-chefe do banco de investimento Haitong, Flávio Serrano.
Todas as atividades cresceram, com destaque para tecidos e vestuário (100,6%) emóveis e eletrodomésticos (47,5%) bens duráveis tidos como termómetro da confiança do consumidor.

PRÉ-PANDEMIA

O desempenho foi insuficiente para reverter as perdas históricas acumuladas em março e abril, quando a crise começou. O varejo ainda está 7,3% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro.
Quando se olha para o varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o recuo é de 15,4% em relação ao nível pré-pandemia, já considerando o avanço de 19,6% nas vendas em maio. 


Fonte: A Tribuna  


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