Meta da ABRAS é implantar o programa em todos os Estados ainda em 2014, afirma Fernando Yamada, presidente da entidade nacional
O Pará é o primeiro Estado do Norte e o quinto do Brasil a aderir ao Programa de Rastreamento e Monitoramento de Alimentos - RAMA, criado pela ABRAS e desenvolvido em conjunto com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Agricultura. "Queremos ter, nos próximos anos, uma cobertura capaz de retratar a realidade nacional e manter a consistência do trabalho, criando uma rotina para que a qualidade do rastreamento seja mantida. Isso depende da participação do maior número de supermercados e fornecedores", afirma o presidente da ABRAS, Fernando Yamada.
Nesta semana, a Associação Paraense de Supermercados (ASPAS) reuniu seus associados para conhecer as diretrizes do programa, assim como a importância da participação do setor supermercadista na rastreabilidade e monitoramento dos alimentos, o apoio às boas praticas e à segurança alimentar.
No evento, o vice-presidente de Relações Institucionais da ABRAS, Marcio Milan, e o consultor técnico da Paripassu, Luciano Grassi Tamiso apresentaram as diretrizes e a aplicação prática do RAMA.
"Os supermercados são responsáveis por 83% de todo o abastecimento no país, a meta é que seus fornecedores estejam alinhados com os protocolos de boas práticas definidos pelo PI Brasil, que é o programa de Produção Integrada do Ministério da Agricultura. O RAMA busca mapear os principais focos de irregularidades e identificar produtores que precisam de orientação técnica de campo, feita pelo governo federal e governos estaduais", explicou Milan.
O sistema de rastreamento, desenvolvido em parceria com a empresa Paripassu, especialista na área, permite identificar a origem e o caminho percorrido pelo produto até chegar ao consumidor. Segundo Luciano Tamiso, periodicamente são coletadas amostras nos supermercados participantes e enviadas para a análise de resíduos agrotóxicos. Os supermercados se responsabilizam pela coleta e envio das amostras para o laboratório credenciado pela Anvisa, bem como, pelos custos envolvidos neste processo.
Vice-presidente Marcio Milan fala aos supermercadistas paraense sobre o programa RAMA
A principal vantagem do programa RAMA para o supermercadista é participar da rede nacional de monitoramento e ter acesso aos resultados das análises realizadas no seu estabelecimento e nos demais supermercados participantes do programa no Brasil, permitindo uma melhor gestão de sua carteira de fornecedores, identificando os de melhor desempenho. "Além de estar adequado às novas exigências legais de rastreamento e monitoramento de agrotóxicos da Anvisa e Ministério Público Federal, o supermercadista atende ainda aos anseios de seu consumidor de forma muito positiva", disse Milan.
Meta da ABRAS é levar o RAMA a todos os Estados neste ano
De acordo com Fernando Yamada, presidente da ABRAS, a meta é que o programa esteja implantado em todos os estados até o final de 2014. "Queremos ter, nos próximos anos, uma cobertura capaz de retratar a realidade nacional e manter a consistência do trabalho, criando uma rotina para que a qualidade do rastreamento seja mantida. Isso depende da participação do maior número de supermercados e fornecedores".
RAMA no Pará tem adesão das quatro maiores redes supermercadista do Estado
No Pará, o RAMA tem uma boa receptividade, segundo o presidente da ASPAS, José Oliveira. As quatro maiores redes do estado, Yamada, Líder, Formosa e Nazaré, com operação principalmente em Belém, já aderiram ao programa, com isso, a Paripassu deve iniciar em breve a coleta de amostras de produtos nessas lojas.
Algumas redes de porte médio e pequenas também estão aderindo, incluindo empresas do interior do Estado. "Não podia ser diferente, já que os supermercadistas do Pará têm forte tradição em serviços que melhorem a vida do consumidor", destacou José Oliveira.
Produtos monitorados atualmente no RAMA são: abacaxi, alface, banana, batata, beterraba, cebola, cenoura, chuchu, couve, goiaba, laranja, limão, maçã, macaxeira, mamão, manga, maracujá, milho verde, morango, pepino, pimentão, quiabo, repolho, tomate e uva. A decisão por manter o trabalho nestes itens ou ampliar o número de produtos monitorados é do próprio supermercado.
O evento foi realizado no dia 26 de fevereiro e encontro contou com a presença do presidente da ABRAS, Fernando Yamada, do presidente da ASPAS, José Santos Oliveira, da diretoria da entidade paraense, supermercadistas de Belém e do interior do Estado.
Fonte: Comunicação ASPAS/Redação Portal ABRAS