Cada vez mais enxutas e focadas no desenvolvimento coletivo dos seus associados, as centrais de negócios voltaram a crescer acima da média do setor supermercadista gaúcho no ano passado, aumentando para 15,2% sua participação no segmento de supermercados no RS - a maior representatividade desde que o modelo de centrais foi criado, na década de 1980. Originado em Santa Maria, o formato consolidou-se no Brasil ao longo das últimas décadas e, em 2014, voltou a ganhar força no Estado, conforme aponta o Ranking Agas das Centrais de Negócios divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo. O estudo mapeia o desempenho das 14 principais redes de compras do autosserviço do RS e aponta as tendências deste segmento para os próximos meses. O crescimento nominal no faturamento destas centrais em 2014 foi de 12,5% sobre 2013, o que significa um crescimento real de 6,1% - já deflacionado pelo IPCA/IBGE.
Segundo o levantamento, os mini e supermercados ligados às centrais de negócios gaúchas registraram, juntos, um faturamento total de R$ 3.681.567.164,57, de um total de R$ 24,1 bilhões que passaram pelos caixas dos supermercados do RS em 2014. A participação destas redes, em 2013, era de 14,8% no total do setor. “O Ranking mostra a evolução das redes que, com menos associados, encontraram a fórmula para o crescimento sustentável. Este também é um sinal de que os pequenos supermercados têm um grande diferencial em relação aos grandes, que é a possibilidade do olho no olho com o cliente. Entender o consumidor é a regra número um do supermercado de sucesso”, justifica Longo. “Enquanto as empresas ligadas às redes de compras cresceram 6,1% em 2014, a média de crescimento do setor foi de 3,4%”, lembra o presidente.
A participação das redes de negócios supermercadistas no PIB Estadual também aumentou, passando de 1,05% em 2013 para 1,18% em 2014. Juntas, as 14 centrais de compras avaliadas pela Agas congregam 673 lojas e empregam diretamente 12.956 funcionários, um crescimento de 2,6% na mão de obra em relação ao ano anterior, mesmo com 16 lojas a menos. Lançadas originalmente para que, juntas, as menores empresas conseguissem realizar compras em maior volume e negociar preços semelhantes aos praticados pelos fornecedores às grandes companhias varejistas, as centrais vêm ampliando seu leque, conforme o presidente do Comitê Agas das Centrais de Negócio, Cláudio Schwerz. “Hoje, as redes estão organizadas de modo a oferecer uma gama cada vez maior de serviços aos seus associados, como análises jurídicas, de marketing, auxílio de nutricionistas, realização de cursos e outras ações”, enaltece.
Segundo Schwerz, as lojas associadas às redes cresceram sobretudo devido a investimentos em ampliações de lojas, novas filiais, modernização e maior variedade do mix de produtos. “Os associados desfrutam do suporte da rede para crescer com segurança, sabendo que não estão sozinhos para enfrentarem os desafios do setor”, garante o presidente do Comitê das Centrais. Schwerz também destaca a criação da RedeCen, a “central das centrais”, que congrega as redes de compras do Estado. “Sabemos da responsabilidade das centrais de negócios na vida das empresas associadas, permitindo que pequenas, médias e grandes empresas gaúchas tenham folego e ainda consigam crescer em um panorama cada vez mais competitivo e concentrado”, conclui o cruz-altense.
O Ranking Agas das Centrais de Negócios de 2014 mostra, ainda, a evolução do desempenho destas companhias no quesito faturamento por loja, que cresceu de em média R$ 4,7 milhões por unidade em 2013 para R$ 5,4 milhões de faturamento médio por unidade em 2014. O número médio de caixas disponíveis por loja também aumentou de 3,6 em 2013 para 3,8 no ano passado.
Os destaques – Juntas, as cinco maiores centrais de compras do Estado respondem por 68,1% do total do faturamento das redes, e concentram 67,8% da mão de obra das centrais. As três redes que mais cresceram em 2014, na comparação com 2013 foram, pela ordem, a Rede Ammpa, de Porto Alegre (+61,7%); a Rede União, de Erechim (41,1%); e a Super Passo, de Passo Fundo (25,4%).
Novo líder – A principal mudança no Ranking Agas das Centrais de 2014 ocorreu na liderança, com a Rede Super, de Santa Maria, superando a Unimax em faturamento e assumindo a primeira posição. “Trata-se de uma rede modelar e muito forte em sua região, pioneira na implantação deste modelo associativista no Brasil”, explica o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
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Assessoria de Comunicação da AGAS
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