O desempenho de vendas do setor supermercadista catarinense manteve no mês de outubro a sua tendência de apresentar oscilações. Dentro do ano de 2016 o resultado foi positivo pelo segundo mês consecutivo, com +4,74% em outubro em relação a setembro, o mesmo acontecendo com o acumulado, que tem agora +0,17% de janeiro a outubro de 2016 em relação a idêntico período de 2015. No comparativo com o mesmo período do ano passado, outubro2016 em comparação com outubro2015, houve recuo de 3,41%.
Os índices foram deflacionados pelo IPCA. Participam da pesquisa da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) empresas de todos os portes e regiões catarinenses.
O Presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Paulo Cesar Lopes, reforça seu argumento de que o ano de 2016 mantém sua característica principal de alternar resultados positivos e negativos como reflexo da atual conjuntura.
- Estamos atravessando um ano atípico, com instabilidade política e a crise econômica influenciada por três fatores principais: a alta da inflação, retração da atividade produtiva e crescimento do desemprego. Mesmo com todo esse cenário, as empresas supermercadistas catarinenses estão empenhadas em manter um resultado positivo e projetar um crescimento para o final do ano - afirma Lopes.
De acordo com o dirigente, a reversão deste quadro conjuntural poderá acontecer em 2017 a partir de uma nova combinação de fatores, como a recuperação da confiança empresarial, leve aumento da produção industrial e do volume de vendas do varejo e a tendência de baixa no nível de desemprego. Um dos aspectos fundamentais, para ele, é o retorno da taxa de inflação ao centro da meta, para que os consumidores deixem de perder o poder de compra.
Otimismo
A perspectiva do final de ano é otimista, de acordo com empresários do setor. A pesquisa sobre intenção de compras de produtos típicos da época de festas realizada pela Associação Catarinense de Supermercados (Acats) indicou que 71% das empresas compraram ou estão comprando mais produtos do que no mesmo período de 2015, em cerca de 9% na média das respostas, que sinalizou índices variando entre 5% e até 20%. Para 14% dos entrevistados, a preparação de final de ano terá o mesmo volume de 2015 e só 7% indicaram que comprarão a menos. 8% não responderam.
Fonte: ACATS