Pesquisa da Agas mostra que supermercadistas projetam queda de 12% nas vendas de ovos de chocolate

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Tradicionalmente líderes na preferência dos consumidores durante o período de Páscoa, os ovos de chocolate deverão perder espaço para barras, bombons e tabletes na edição deste ano da festividade. É o que mostra um estudo desenvolvido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) junto aos associados e divulgado nesta quinta-feira (16) pelo presidente da entidade, Antônio Cesa Longo. 

 

Segundo o levantamento, que consultou 56 supermercadistas entre os meses de janeiro e fevereiro, os empresários do setor projetam uma queda de 12% nas vendas ovos de chocolate na Páscoa de 2017, na comparação com o ano passado. Ainda assim, ao todo, os supermercados do Estado deverão comercializar 8 milhões de ovos de chocolate até o dia 16 de abril, domingo de comemorações da festividade. Com relação aos preços, a pesquisa aponta que o valor médio dos produtos típicos de Páscoa está 8,5% superior ao ano passado. "O consumidor segue querendo presentear seus familiares e pessoas próximas, mas está muito atento aos preços e ao seu orçamento. Os supermercados vão apostar em pequenos chocolates para complementar a venda do já tradicional ovo de Páscoa", explica Longo.

 

Conforme estimativas da Associação, 9 em cada 10 consumidores vão comprar seus chocolates para a Páscoa em lojas de supermercados no RS. "Há uma busca crescente por praticidade e economia de tempo, e o supermercado é o grande centro de compras para os gaúchos. Diariamente, as lojas do setor recebem 4 milhões de consumidores somente no Estado", lembra Longo. A Páscoa de 2017 deverá registrar a segunda queda consecutiva na comercialização de ovos de chocolate. Por outro lado, os empresários do segmento projetam um crescimento de 3,6% na comercialização de caixas de bombons, e de 11,6% na de chocolates em barra e em tabletes. "Se em 2016 os bombons ganharam destaque, nesta edição será a Páscoa do chocolate em barra, já que o preço está similar ao do ano passado e o consumidor está muito atento.

 

Cada gaúcho deverá presentear em média quatro pessoas com chocolates, mas em sua maioria produtos pequenos e de menor valor agregado", antevê o presidente da Agas. Segundo ele, a Páscoa é a segunda melhor data em vendas para o setor, atrás apenas das festas de fim de ano. "O setor está apostando em uma gama maior de itens para incrementar as vendas da Páscoa, fazendo promoções em pescados para a Sexta-feira Santa e em carnes para o tradicional churrasco de domingo", destaca.

 

Ovos para todos os bolsos - Mesmo que as barras e bombons ganhem espaço, os ovos de chocolate ainda serão preferência para os consumidores gaúchos nesta Páscoa. Longo lembra que, entre os ovos de chocolate, a procura dos consumidores será majoritariamente por itens menores e mais baratos. "Os fabricantes investiram na variedade do mix, e haverá ovos para todos os bolsos e todos os gostos", salienta o dirigente. Os ovos "premium", mais caros e adquiridos para presentear, deverão representar cerca de 12% das vendas. "A ocorrência da Páscoa em meados de abril, um período de clima mais frio e propenso ao consumo de chocolates, deverá contribuir para as vendas, ao contrário de 2016, quando o evento ocorreu em março", afirma o presidente da Agas.

 

Ao todo, os supermercados do RS vão comercializar cerca de 8 milhões de ovos de chocolate, que deverão alavancar um faturamento de R$ 135 milhões para o setor. Entre os bombons, a estimativa da Agas é de que pelo menos 6 milhões de caixas sejam comercializadas para a data, agregando ao faturamento do setor mais R$ 36 milhões.

 

Confira o comparativo em relação à Páscoa passa:

Expectativa de crescimento             Variação de preços

Ovos de Páscoa        -12%                        +8,5%
Barras de chocolate +11,6%                      +7,3%
Caixas de bombom  +3,6%                        + 10%
Colombas pascais    +9,3%                        +3,3%
Peixes/ pescados     +6,6%                        +11,6%

 

Brinquedo com chocolate - A exemplo do ano passado, a tendência é que os consumidores procurem ovos menores para as crianças, mas com brinquedos maiores dentro. "Este comportamento está diretamente ligado ao poder crescente de decisão que as crianças exercem na escolha dos seus presentes de Páscoa. Elas em geral buscam o brinquedo ou o personagem da moda, e não o chocolate", aponta Longo.

 

Outros produtos - Além de chocolates, a Páscoa alavancará a venda de outros produtos para o setor. As colombas pascais deverão apresentar um incremento de 9,3% nas vendas, conforme aponta o estudo. A data contemplará, ainda, a comercialização de azeites e azeitonas e vinhos, além de carne, cervejas, refrigerantes, e sobremesas para o tradicional churrasco do domingo de Páscoa.

 

Indústria nacional prestigiada - A indústria brasileira segue fornecendo a maior parte dos produtos típicos de Páscoa comercializados pelos supermercados do RS: 12% dos itens serão dos itens produzidos no Rio Grande do Sul, 84,7% em outros estados do País e 3,3% serão importados.

 

Caem compras com dinheiro - Pela segunda vez, a Agas questionou aos supermercadistas como eles projetam vender os produtos típicos de Páscoa. Ainda que as compras à vista sejam majoritárias, o dinheiro deverá perder espaço para meios eletrônicos de pagamento neste ano. "Há uma preocupação crescente com a insegurança que fomenta as vendas com cartão. Entretanto, para fugir do endividamento, as compras deverão ser realizadas majoritariamente à vista", sublinha Longo:

 


Meio de pagamento 2016 2017


Dinheiro 48,1% 45,0%
Débito 16,9% 17,3%
Crédito 22,5% 25,0%
Tíquete 4,2% 3,7%
Cheque 3,0% 4,2%
Outros 2,3% 4,7%


A representatividade da Páscoa - De acordo com os supermercadistas ouvidos pela Agas, o peso das vendas de produtos típicos de Páscoa no faturamento dos supermercados gaúchos será de 8,3% no total do mês de abril. Os gaúchos deverão absorver 12% dos ovos de chocolate produzidos em todo o Brasil.

Empregos temporários - A Páscoa irá gerar cerca de 1,1 mil empregos temporários no RS. 90% destas vagas serão criadas pela indústria, em cargos como operador de logística, montador, promotor de vendas e estoquista. Um em cada quatro supermercadistas entrevistados apontou que realizaria contratações temporárias (25%).

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da AGAS

 

 


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