A Associação Catarinense de Supermercados (ACATS) acredita que a isenção de ICMS para micro e minigeradores de energia no limite de um megawatt de potência instalada vai impulsionar o Projeto Supermercados Solares, que a entidade desenvolve de forma pioneira em Santa Catarina. Atualmente existem mais de 80 projetos de implantação em fase de estudos de viabilidade. A iniciativa faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE), que promove a gestão e utilização inteligente deste insumo. O objetivo do programa é contribuir na ampliação da consciência das empresas associadas sobre o tema, com capacitação profissional, gerando ferramentas e tecnologia para redução de custos.
Para estimular o programa, a ACATS realiza neste primeiro semestre cinco workshops sobre eficiência energética a fim de estimular a adesão de empresas ao Programa de Eficiência Energética (PEE/ACATS). Nestes encontros são apresentadas duas soluções que se complementam, a do sistema fotovoltaico de captação de energia solar e o processo de racionalização de uso interno de energia por parte das lojas. Já foram realizados encontros em Criciúma (pela região Sul), Balneário Camboriú (Vale, Alto Vale e Litoral Norte), Joinville (Norte e Planalto Norte) e Chapecó (Grande Oeste). O próximo evento será em Lages (Planalto Serrano) na próxima terça-feira (22/5).
Dentro do programa e visando a redução de custos e possibilidade de geração de energia sustentável, foi fechada a parceria com a empresa Engie Solar para a criação do projeto "Supermercados Solares". Prevê a utilização de área de telhados de lojas e estacionamentos para instalação de sistemas de transformação de luz solar em energia, o sistema de geração fotovoltaica.
Nas estimativas da Engie, o retorno do investimento inicial das empresas aderentes ao projeto será proporcionado em média em 4 anos. Para a contratação do sistema, as empresas podem usar recursos próprios, bem como por financiamento através do BRDE, instituição que disponibiliza uma linha específica para este investimento.
Outra parceira da ACATS neste programa é a GreenYellow, cuja solução já atende cerca de 500 lojas em todas as regiões do Brasil e envolve eficientização energética na iluminação, refrigeração e climatização, com gestão centralizada. Segundo o diretor-presidente da GreenYellow no Brasil, Pierre-Yves Morgue, a empresa se compromete a fazer um levantamento prévio sem compromisso das lojas de supermercados antecipando uma perspectiva de economia de energia a partir de vários procedimentos e adaptações internas. Os investimentos necessários e equipamentos e serviços são feitos pela própria empresa, que elabora um fluxo de caixa para amortização dos mesmos, junto com o supermercado, com base na economia gerada.
Oo sistema do uso de energia solar dentro do programa da ACATS já está em funcionamento no Supermercado Vipi, localizado na região do Extremo Oeste Catarinense. A instalação de placas fotovoltaicas aproveita cerca de 900 metros quadrados de área de telhado da loja, que tem 1.620 metros quadrados de área construída e cerca de 450 metros quadrados de área de vendas, localizada na rua Willy Bart, em São Miguel do Oeste.
O presidente da Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), Paulo Cesar Lopes, afirma que a medida do Confaz em isentar a geração de energia fotovoltaica é mais uma vantagem competitiva para a adesão ao programa da ACATS. "Depois do tarifaço de 2015 a energia passou a ser o segundo custo de operação de loja de supermercado, atrás somente da folha de pagamentos. As empresas precisam desenvolver estratégias para manterem a competitividade neste nosso setor supermercadista que tem um dos mais altos níveis concorrenciais da economia. O uso de fonte alternativa de energia, como esta possibilidade que a ACATS oferece é uma excelente oportunidade de economizar, sem contar a postura sustentável que a empresa assume perante seus clientes", disse o dirigente.
O diretor Executivo Antonio Carlos Poletini acrescenta ainda mais um elemento favorável. Esta isenção de ICMS viabiliza a geração de energia em excedente que pode ser ejetada na rede e depois gerar um crédito para ser usado no período onde a geração diminui, como nos dias chuvosos. Uma outra possibilidade, ainda, é a implantação de micro usinas para atender várias lojas.
Saiba mais sobre o programa:
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Fonte: Assessoria de Comunicação da ACATS