A Associação Paulista de Supermercados (APAS) avalia como acertada a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) em reduzir os juros básicos da economia, a taxa Selic, em 6% ao ano, após 16 meses do último corte. A decisão do Banco Central do Brasil sinaliza o comprometimento com o Ministério da Economia em sua política de medidas para a retomada da economia e geração de empregos.
"A decisão do Copom foi acertada, uma vez que a inflação está contida e há uma fraca demanda no mercado interno, já que temos mais de 13 milhões de desempregados. Os efeitos deste corte serão percebidos no setor supermercadista no médio prazo, porém, para que esse corte tenha ainda mais efetividade, o governo precisa entender que há necessidade de mais medidas microeconômicas para desconcentração bancária", comentou o economista da APAS, Thiago Berka.
De acordo com o economista da associação, alguns efeitos que beneficiam o setor supermercadista com o corte na taxa Selic são a redução de linhas de despesas financeiras, tanto em supermercados quando em indústria.
"Ao colocar aplicações financeiras em desvantagem, os empresários se sentem mais à vontade para investir, uma vez que terão mais confiança e otimismo no futuro. O resultado desta equação é a criação de mais empregos e, consequentemente, mais renda", avaliou Berka.
Além dos pontos citados acima, Thiago Berka crê que a aprovação da Reforma da Previdência no congresso e inflação controlada foram o gatilho para que o Copom tomasse a decisão de reduzir a taxa básica de juros para o valor mais baixo em 30 anos.
"O avanço das reformas era uma das medidas necessárias para permitir a redução das taxas de juros. Outro fator que impactou nesta decisão foi o dólar em queda, próximo a R$ 3,70, e confiança de que a inflação se manterá estável até o final do ano, principalmente em produtos importantes para a economia, como as commodities", comentou Berka.
No monitoramento do Índice de Preços dos Supermercados (IPS) feito pela APAS os produtos de maior peso na mesa do brasileiro apresentam trajetória descendente. Em maio e junho houve deflação e a tendência é que os preços nos supermercados permaneçam comportados nos próximos meses.
Fonte: Assessoria de Comunicação da APAS