Os supermercadistas mineiros acreditam que as vendas do setor no Natal deste ano devem ser melhores em relação ao mesmo período do ano passado. A melhora na economia, com a recuperação do emprego, ainda que de forma lenta, somadas à estabilidade dos preços fazem os empresários esperarem um crescimento de pelo menos 3,5%.
Um levantamento feito pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) com 150 empresários de todo o estado, na primeira semana de outubro revela essa expectativa positiva. Na comparação das vendas de dezembro sobre novembro, historicamente, os resultados sempre superam os 20%.
Apesar de a sazonalidade puxar a venda de todo o mix, a aposta está nos produtos típicos da época. Na venda de panetone, por exemplo, é esperado um crescimento de 10% sobre o Natal de 2018. A linha de vinhos, outro produto muito demandado no período, deverá ter um amento de vendas de 7%, incluindo nacionais e importados.
Ainda no segmento de bebidas, é esperado um crescimento de 8% em cervejas. O destaque deverá ser o maior crescimento na categoria Premium, esperam os entrevistados. As “bebidas quentes” de forma geral deverão ter crescimento de 4% nas vendas.
As aves típicas da sazonalidade, exceto peru, terão sua procura aumentada em 6%; enquanto as carnes diversas, incluindo lombo e pernil, terão um desempenho de 10% a mais, conforme projetam os resultados da pesquisa. O tradicional peru tem demanda garantida, para boa parte dos supermercadistas pesquisados, mas a maioria deles acredita em estabilidade nas vendas desse produto.
Expectativa de desempenho por produtos:
Panetone: 10%;
Outras aves típicas: 6%;
Carnes diversas: 10%;
Vinhos: 7%;
Bebidas “quentes”: 4%;
Cervejas: 8%
Peru: 0%
Preços estáveis - Para contribuir com as vendas no Natal, os supermercadistas vão praticar preços nos mesmos patamares do passado. A inflação baixa vai contribuir com isso. Segundo eles, no máximo, os preços terão a reposição da inflação, que está na casa dos 2,89% em 12 meses – abaixo da meta. Os importados também não devem ter grande variação de preço comparado ao ano passado, já que a cotação do dólar está próxima do que ocorreu em 2018 - na casa dos R$ 3,70 com máxima de R$4,01, ante a faixa dos R$ 4,00 neste ano. O que não deve impactar no preço dos importados.
3,5 mil colaboradores temporários deverão reforçar o setor
Segundo a sondagem da AMIS, 40,6% das redes pesquisadas vão contratar colaboradores temporários para reforçar o atendimento no Natal. Serão cerca de 2% em relação ao quadro fixo, o que representa em torno de 1,6 mil pessoas. No entanto, diversas empresas fornecedoras contratam esses colaboradores para reforçar o atendimento e a apresentação/degustação de produtos. Com isso, o total de profissionais temporários atuando diretamente nos supermercados deve chegar a 3,5 mil.
A outra parcela das empresas que informaram que não vão contratar trabalho temporário ajustaram o período de férias dos colaboradores ao longo do ano para contar com toda a equipe em dezembro.
Os profissionais temporários contratados são, principalmente, para as funções de atendimento, embaladores, operadores de caixa, repositores e para áreas de açougue e padaria. Pela indústria, são, em maioria, promotores de venda e repositores. Cerca de 15% desses temporários são integrados de forma definitiva ao quadro da empresa ao longo do ano.
O setor supermercadista mineiro
O segmento supermercadista de Minas Gerais opera cerca de 7,3 mil lojas e tem faturamento de R$ 35,8 bilhões com crescimento de 2,98% em 2018. São 197,6 mil colaboradores empregados de forma direta, o que faz do setor um dos maiores geradores e empregos no estado, especialmente para a população jovem.
Ao longo de 2019, segundo as projeções da AMIS, outras 70 unidades estão sendo abertas no estado com a geração de 7,3 mil novos postos de trabalho. Ainda de acordo com as projeções da entidade, o setor deverá ter um crescimento na casa dos 4% em 2019. De janeiro a agosto, último mês pesquisado, o crescimento real do setor ficou em 3,07%.
Fonte: Assessoria de Comunicação da AMIS