O mercado de orgânicos avança no país. É o que aponta uma pesquisa inédita feita pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) com a revista SuperVarejo sobre o mercado paulista. No último ano, o levantamento identificou que 39% da população comprou pelo menos um item orgânico no período. O número atual é 9% maior que o mesmo registrado em 2016.
Dados do Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis) informam que o mercado brasileiro faturou em 2018, R$ 4 bilhões. Segundo o estudo, o número só não é maior porque 56% dos clientes apontam o preço como o principal fator que limita o consumo desse tipo de alimento.
Segundo um levantamento feito com sete supermercados de São Paulo e comparados com mercados orgânicos, de 24 de dezembro de 2019 até 17 de janeiro, considerando a mesma família da FLV e mesma pesagem, os preços podem variar até 237% na comparação com produtos convencionais como no caso do limão - levando em consideração peso e tamanho.
A diferença de preço ocorre tanto pela oferta desses itens ser mais reduzida como também pelos custos maiores de produção que o orgânico exige. Pelo fato de ter uma escala muito menor, o produto acaba encarecendo o custo por colheita. Para os clientes, o volume e a logística foram outros pontos apontados como problemas para um consumo mais frequente.
"O crescimento era esperado uma vez que cada dia está mais constante a presença de pessoas que optam por vegetais cultivados sem adubos químicos ou agrotóxicos. Dados do Ministério da Agricultura mostram que em menos de uma década, o número de produtores orgânicos registrados no Brasil triplicou", explica o economista da APAS, Thiago Berka.
Fonte: SuperVarejo