Agência de publicidade busca crescer até 30%

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A previsão de incremento das verbas publicitárias de anunciantes como Oi, Ricardo Eletro, SulAmérica e Gafisa e a indefinição sobre o futuro do maior anunciante do País, por conta da aquisição das Casas Bahia, hoje atendido pela Y&R, pelo Grupo Pão de Açúcar - atendido pela interna PA Publicidade -, deve aumentar a disputa por espaços de mídia e os segmentos de promoção e eventos. Agências como a Pro Brasil Propaganda, NBS, Eugenio Marketing Imobiliário e Larrat anunciam expansão de até 30% nos negócios para este ano.

 

A mineira Pro Brasil, que ganhou novas contas em 2009 e inicia 2010 com 20 clientes, espera crescer 30% em 2010. A agência, que tem como principal cliente a rede varejista Ricardo Eletro, segue ampliando sua carteira e acaba de conquistar as contas do Grupo Seculus, que volta à mídia com a marca de relógios Mondaine, da Puro Cacau e da importadora Yangzi, que se juntam aos contratos fechados este ano com a Universidade Fumec e Motor City, rede de concessionárias de motos da Honda. "Para 2010, estamos bastante otimistas por conta das mudanças favoráveis no ambiente macro econômico brasileiro e com investimentos em Copa do Mundo, Olimpíadas e Pré-sal. Será mais importante e o crescimento será maior que o de 2009", declarou afirmou Euler Brandão, presidente da agência.

 

Até outubro de 2009, a agência registrou R$ 248,015 milhões em compra de mídia, ocupava 36ª posição do ranking de agências do Ibope Monitor. "Tivemos um grande incremento no número de clientes em 2009. Os clientes de modo geral estão prevendo investir mais", afirma.

 

Mesmo com a crise do ano passado, a agência fecha 2009 com crescimento de 25%. "2009 começou com perspectiva negativa e terminou gratificante. Alguns clientes fizeram uma readequação e postergaram projetos, mas não fomos afetados de maneira uniforme. Os mais afetados foram os relacionados a matérias primas e exportação. Os que tinham mais participação no mercado interno, como Ricardo Eletro, não alteraram seu planejamento", diz Brandão.

 

O empresário não esconde o otimismo com a Copa do Mundo e diz ter uma campanha para a Ricardo Electro, em aprovação, focada na venda de televisores. "Há uma conjunção de fatores em relação à Copa: inovação tecnológica [aparelhos modernos, TV digital e tecnologias LED]; variação do dólar, que resulta em queda de preço dos produtos, associada à alegria de torcer do brasileiro. A campanha já está pronta, delineada, mas ainda não está aprovada e fechada. Será nacional", adianta Brandão.

 

A agência também tem boas perspectivas para sua atuação no nordeste. Isso por que a filial de Salvador (BA), inaugurada há um ano por conta da conquista da conta da Le Biscuit, já representa 10% do nosso faturamento total. "A região terá um crescimento participativo, queremos entender este mercado nordestino que deve ser a China brasileira."

 

Além da Le Biscuit, a filial baiana atende a concessionária de rodovias Via Bahia, TV Aratu e a construtora L Marquezzo. Com a conquista da conta da seguradora SulAmérica, em dezembro, a carioca NBS pretende reforçar ainda mais as suas operações em São Paulo em 2010, já intensificada anteriormente com a entrada da operadora Oi, seu principal cliente, no estado.

 

"Todos os nossos clientes estão extremamente ativos e com planos ambiciosos para 2010. Nosso foco de crescimento continua sendo o mercado de São Paulo, que a cada dia nos procura mais para concorrências e apresentações", afirma Cyd Alvarez, sócio e presidente da agência NBS. O empresário destaca que os investimentos terão foco prioritário "na área digital e em profissionais que pensem cada vez mais a comunicação de forma integrada".

 

Para a Copa do Mundo, o empresário destaca a atuação que a operadora Oi terá em 2010. "A Oi terá forte presença na Copa do Mundo por já ter adquirido uma das cotas da TV Globo", garante Alvarez.

 

Imobiliário

 

A retomada do mercado imobiliário, graças à expansão do programa "Minha Casa, Minha Vida" e à previsão do volume de financiamentos recorde previstos para o ano que vem alimentam as perspectivas da Eugenio Marketing Imobiliário. "Em 2010, pretendemos crescer 25%, graças às perspectivas mais favoráveis da economia. Se não tivesse Natal e Ano Novo, período ruim para lançamentos de imóveis, não pararíamos", afirma Bob Eugênio, presidente da Eugenio.

 

A agência fechou o ano com retração em relação a 2008, mas já apresenta melhora nos resultados e está voltando a contratar. "O ano de 2009 superou as expectativas. Fizemos mais de 150 lançamentos, para Cyrela, Living, Rodobens Negócios Imobiliários, Masbe e Tecnisa.

 

Recontratei os 60 funcionários que demitimos em 2008. Mesmo assim, o resultado será um pouco menor que o do ano passado", resume o executivo.

 

Outra que tem boas perspectivas para o segmento é a carioca Larrat, com 20 anos de mercado e atua em ações de lançamento e treinamento a corretores de empresas como a RJZ Cyrela, CHL, Gafisa, Rossi e Even e atuamos em todo o Brasil. A agência tem escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo e bases de apoio em Salvador e Fortaleza. "Estes mercados estão crescendo muito, principalmente no mercado imobiliário", diz.

 

A empresa está expandindo sua atuação ao segmento de eventos corporativos e acaba de anunciar a abertura de uma unidade comercial em São Paulo, com estimativa de crescimento de 35% para 2010. "Já temos alguns eventos corporativos fechados, de divulgação de metas e viagens de incentivo. Entre fevereiro e março este mercado deve crescer bastante", aponta Rogério Mariett, diretor da Larrat.

 

O empresário vê uma tendência de maior crescimento no segmento corporativo, na realização de eventos, convenções, ações de internas, puxada pelos setores de tecnologia e farmacêutico. "Os eventos ligados à Copa do Mundo também devem puxar os investimentos nesses eventos", ressalta o executivo.

 


Veículo: DCI


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