Alimentos e bebidas puxam a alta do emprego industrial

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Os dados da pesquisa mensal de indicadores econômicos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que pelo menos um setor já saiu completamente da crise: o de Alimentos e Bebidas. Segundo o estudo consultado pelo DCI, o emprego no setor cresceu 2,9% em 2009 em comparação com ano anterior e a capacidade instalada do segmento já subiu de 79,4% em janeiro de 2009, no auge da crise, para 82,5% em novembro último.

 

O conglomerado Coca-Cola do Brasil foi um dos grupos que comprovaram essa geração de emprego no setor de bebidas. O número de postos de trabalho na Coca-Cola cresceu 15,78% em 2009, de 38 para 44 mil funcionários. O presidente da Norsa, franqueada da Coca-Cola na Região Nordeste, André Salles confirma o crescimento do emprego. "No último trimestre abrimos 556 vagas para atender a demanda por bebidas na alta estação", e justifica: "nosso faturamento cresceu 11% em 2009".

 

O cenário de crescimento das vendas é o mesmo apontado pelo estudo da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir). "O setor cresceu 6,37% no faturamento de refrigerantes [R$ 28,22 bilhões, sendo R$ 17 bilhões da Coca-Cola]".

 

A Spaipa, outra empresa integrante da Coca-Cola Brasil, também superou a média do setor, com crescimento entre 8 e 9,5% nas vendas. O superintendente de Desenvolvimento Organizacional da Spaipa, Avelino Nogueira Pereira, comemora os resultados. "Foi um ano muito positivo em volume que se traduziu num aumento de 10,5% de nossa força de trabalho. Temos 4 mil funcionários atuando em fábricas no Paraná e no interior de São Paulo e continuaremos gerando empregos na faixa de 13% em 2010", e assegura o otimismo neste ano: "Estimamos um crescimento na base de 8,5% na produção de refrigerantes, cervejas, águas minerais e bebidas não carbonatadas", especificou o executivo.

 

No setor de alimentos, a Marfrig, dona da marca Seara, também fez contratações: 2621 novos funcionários em 2009. Mas nem todos estão contentes, o gerente industrial do Moinho Paulista, Eduardo Wilson Assencio, informou que o número de empregados da unidade de Santos permaneceu estável em 240 funcionários: "o segmento de farinhas possui uma capacidade ociosa de até 35%, esse crescimento do emprego na indústria de alimentos está ligado ao crescimento vegetativo entre 1,5% e 1,8% e ao aumento do poder aquisitivo da população que impulsiona o uso de produtos prontos para consumo", considerou o executivo.

 


Veículo: DCI


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