Alimentos pressionam custo de vida em SP

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O Índice de Custo de Vida (ICV) na capital paulista avançou 0,59% em fevereiro, influenciado pelo aumento no preço dos alimentos. Apesar disso, o resultado no mês passado, calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foi 1,13 ponto percentual menor do que o registrado em janeiro (1,72%).

 

A inflação dos alimentos no período foi de 1,19%. Com isso, o grupo contribuiu sozinho com 0,33 ponto percentual do ICV de fevereiro. Houve crescimento de 1,91% para os produtos in natura e semielaborados, de 0,82% na indústria alimentícia e 0,28% no alimentação fora do domicílio.

 

"O resultado pode ser creditado às frequentes chuvas, que fizeram com que produção dos alimentos in natura e semielaborados ficasse muito ruim. Isso levou a uma diminuição na oferta e, por tabela, um aumento nos preços", afirmou Cornélia Nogueira Porto, coordenadora do ICV do Dieese.

 

Segundo ela, os demais subgrupos registraram elevações dentro da margem. "A expectativa é que a inflação nos alimentos pare de subir nos próximos meses. Afinal, não temos nada que possa pressioná-la, uma vez que as chuvas deram uma trégua."

 

Cornélia ressaltou que a inflação neste grupo ainda não preocupa e está abaixo do avanço apurado no ano passado em taxas anualizadas. Enquanto em janeiro e fevereiro de 2009 houve alta de 8,4% e 8,2%, respectivamente, em 2010, a expansão foi 3,8% no primeiro mês do ano e 5,3% no mês passado.

 

Os grupos habitação (0,87%) e transporte (0,41%) também serviram para pressionar a inflação em fevereiro. No primeiro caso, pesou o maior custo para locação, impostos e condomínio, com alta de 1,24%, consequência, principalmente do aumento no condomínio (4,33%). Com relação ao segundo grupo, a principal influência foi verificada no transporte individual (0,47%), reflexo da expansão nos preços dos combustíveis. A pressão na inflação desses grupos foi compensada em grande medida pelo recuo nas taxas de vestuário (-0,79%) e equipamento doméstico (-0,29%).

 

O Dieese também calculou a inflação para três faixas de renda. Para famílias com renda média mensal de até R$ 377,49, o crescimento dos preços foi de 0,61%. No caso da população intermediária (renda média de R$ 934,17), a inflação subiu 0,63%. Já para a faixa de maior renda (até R$ 2.792,90), houve avanço de 0,58%.

 

Veículo: Valor Econômico


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