Em 2010, os medicamentos poderão ser reajustados em um percentual médio de 4,6%. Os índices foram divulgados ontem pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O aumento está autorizado a partir de 31 de março.
Cerca de 20 mil medicamentos comercializados no Brasil poderão aplicar o índice de reajuste. O aumento varia de acordo com o tipo de remédio e a participação maior ou menor no mercado de genéricos. O percentual de reajuste máximo vai variar entre 4,45% e 4,83%.
De acordo com secretário-executivo da Cmed, Luiz Milton Veloso, as empresas costumam praticar preços inferiores ao ajuste permitido pela Anvisa por uma questão de mercado. Na faixa 1, por exemplo, onde há mais fabricantes oferecendo os mesmos tipos de medicamento, o Cmed permite reajuste maior. "Por causa da concorrência, as empresas têm dificuldade de aplicar um reajuste máximo", explica. Na faixa 3, em que há menor concorrência, o índice de reajuste é menor, porque as fabricantes têm poder de mercado.
O cálculo do reajuste leva em consideração o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), medido pelo IBGE, além do fator de produtividade. A Cmed estabelece o teto de reajustes de medicamentos anualmente. Até dia 31, as fabricantes devem apresentar à Cmed o relatório de comercialização, informando os preços que pretendem praticar após a correção autorizada.
Veículo: Valor Econômico