A indústria de embalagens flexíveis deve crescer 8% esse ano. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief) Alfredo Schmitt. "Em 2009 retraímos cerca de 5,5% mas em 2010 esperamos um crescimento de 8%, recuperando a marca de 2008, de R$ 10,31 bilhões de faturamento", vislumbrou o empresário, citando o market share de 47,7% no mercado de embalagens. "A [produção] total caiu 5,1%, de 1.596 mil toneladas para 1.514 mil toneladas, foram 67 mil a menos no mercado interno e outras 15 mil a menos nas exportações, que caíram 18,75%, de 80 mil toneladas para 65 mil toneladas exportadas". Schmitt falou do impacto da campanha contra as sacolinhas plásticas de supermercado, "é um segmento importante, representa 14% do faturamento, mas não há um substituto eficaz no mercado, a produção de 200 mil toneladas de resina de cana-de-açúcar é toda exportada, e ainda não há escala de resina de milho", argumentou. Schmitt destacou ao DCI, as outras alternativas para o crescimento do setor. "A Nestlé, por exemplo, está investindo com produtos acessíveis para as classes C e D, isso só é possível com a embalagem flexível, eles querem atender o consumidor com a moedinha de um real" e falou da expansão em molhos de tomate: "a flexível stand-up pouch custa menos do que a embalagem em lata, vidro ou papel, e o plástico pesa menos, isso faz parte da análise do custo global e da logística".
Termômetro
O empresário Hermes de Moura, da Lord Plastics, localizada em Sorocaba (SP), fala na recuperação de alguns segmentos, "já recebemos pedidos acima da média para embalagens de fraldas descartáveis, água mineral e pet food, isso assegura nosso plano de crescimento entre 15% a 20%", afirmou. Rogério Mani, da Epema Embalagens, de Araraquara (SP) também está animado, "registramos aumento de pedidos para a indústria de leite com a embalagem termo-encolhível e rótulos para bebidas, além de pedidos extras para o segmento de higiene e beleza que está vinculado ao aumento do poder aquisitivo da população". Eduardo Casali, da paulistana Embaquim, acredita em crescimento: "10%, o setor de químicos está disparado, assim como cosméticos e higiene e limpeza" mas ressalta que o preço da matéria-prima das petroquímicas pode atrapalhar: "hoje recebi o terceiro reajuste do ano, ao todo são 15%, e só conseguimos repassar o primeiro capítulo dessa novela de aumentos, algo como 7%".
Veículo: DCI