Estamparia amplia produção

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Empresa, que opera no limite da capacidade, produz 3,150 mi de metros lineares/mês.

 

A Estamparia S/A, sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), fabricante de tecidos e roupas de cama, prevê para 2010 crescimento entre 10% e 15% na comparação com 2009, quando faturou R$ 122 milhões. Para atingir a meta, a empresa dará seqüência ao plano de expansão da capacidade instalada iniciado no ano passado. Ao todo, serão investidos R$ 20 milhões.

 

De acordo com o diretor comercial da Estamparia, Sérgio Mascarenhas da Costa, até setembro a capacidade instalada da planta terá saltado de 3,050 milhões de metros lineares de tecido por mês, verificada antes do início das obras, para 3,350 milhões de metros lineares por mês. Hoje, a fábrica opera com 100% da capacidade instalada, de 3,150 milhões de metros lineares de tecidos/mês. Já foram investidos R$ 11 milhões, dos R$ 20 milhões orçados.

 

Porém, acrescentou o diretor comercial, não está prevista a contratação de funcionários. "Vamos manter o quadro atual, de mil empregos diretos e mil indiretos, número que se mantém desde o ano passado. Não demitimos na crise. Fomos atingidos somente nos primeiros meses de 2009. No acumulado do ano, registramos crescimento de 3,5% sobre 2008, resultado satisfatório diante do cenário."

 

Infraestrutura - Além da fábrica de Contagem, a Estamparia possui outras duas unidades em Minas Gerais, instaladas nos municípios de Gouvêa e Diamantina, ambas na região do Alto Jequitinhonha. Ao todo, são 39,879 mil metros quadrados de área fabril. "As indústrias de Gouvêa e Diamantina são responsáveis pela fiação e tecelagem, respectivamente. Já a de Contagem realiza o acabamento".

 

Atualmente, o mercado interno representa 95% dos negócios da empresa. Somente 5% são exportados. O diretor comercial explicou que as vendas externas têm perdido força. "Em 2008, os embarques representavam 15% dos negócios. A desvalorização do dólar ante o real fez com que os produtos brasileiros não alcançassem um patamar de preço competitivo no mercado internacional."

 

Minas Gerais é o terceiro maior mercado consumidor da Estamparia, respondendo por 8% das vendas. Em primeiro vem o Estado de São Paulo, com 24%, seguido do Rio de Janeiro, com 12%, Pernambuco, 5% e Ceará, 4,5%.

 

Previsões - Se para a direção da Estamparia o resultado de 2009 (crescimento de 3,5% em relação a 2008) foi considerado satisfatório ante os entraves enfrentados ao longo do exercício, as expectativas para 2010 são muito otimistas. Se o índice previsto for confirmado (de 10% a 15%), no final do exercício a empresa terá alcançado receita bruta de R$ 134,2 milhões. "Já em março, estimamos uma expansão de 10% na mesma base de comparação", ressaltou.

 

As expectativas do diretor comercial acompanham as estimativas do presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais (Sift-MG), Adelmo Percope Gonçalves. O dirigente aposta em uma alta de 10% no faturamento se comparado ao ano passado. Segundo ele, o setor deve repetir os resultados de 2007, quando a atividade registrou expansão de 10% na comparação com 2006.

 

Para Percope, vários fatores devem ajudar no desempenho dos negócios em 2010, como a melhora do cenário econômico, com o crescimento do emprego e da renda - o salário mínimo passou de R$ 465 para R$ 510 - e a redução da taxa básica de juros (Selic), a mais baixa dos últimos 15 anos, que está em 8,75% ao ano.

 

Atualmente, o setor emprega diretamente cerca de 30 mil pessoas. Se considerada toda a cadeia têxtil, são aproximadamente 150 mil empregos. Ao todo, são 40 empresas filiadas ao sindicato, boa parte de micro e pequeno portes.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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