Extra quer ser fashion

Leia em 2min 10s

O hipermercado Extra, do grupo Pão de Açúcar, decidiu revitalizar a área de confecções das suas 105 lojas. Para isso, foi buscar na concorrência o executivo Sidnei Abreu, que acumulou experiência de 24 anos na C&A, como executivo das áreas de compras e operações. Logo que chegou ao Pão de Açúcar, em julho de 2008, Abreu tomou três providências: investiu no treinamento do pessoal de vendas, reforçou o mix de produtos e deu ênfase à exposição dos itens.

 

Acostumado a vender moda, Abreu vem criando coleções que mesclam roupas básicas com peças fashion, inspiradas nas novidades que traz das viagens aos principais polos de moda do mundo. Para chamar a atenção dos consumidores, recorreu aos manequins e painéis de fotografias para expor os produtos. "Toda semana renovamos as peças expostas nos manequins para ajudar o cliente a compor um visual de acordo com as tendências da moda", diz Abreu.

 

A repaginada na moda do Extra faz parte da estratégia do grupo de mudar a imagem das roupas de supermercado, pouco valorizadas pelos consumidores. "Não queremos apenas vender camiseta branca e meias, mas também oferecer produtos mais elaborados para aproveitar o grande fluxo de clientes que circulam pelo Extra todos os dias", diz Abreu. E, é claro, garantir uma fatia num mercado que, mesmo em meio à crise, avançou 7,7% em 2009, e deve voltar a crescer acima dos dois dígitos este ano.

 

"Com o aumento da renda, a classe média passou a consumir moda como símbolo de status", diz Sylvio Mandel, presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abeim). A Abeim reúne grandes empresas do setor, como Renner, Lojas Marisa, C&A e Riachuelo, responsáveis por 15% das vendas de confecções do País.

 

A renovação da área de confecções no Pão de Açúcar vem dando resultado. Em 2009, a área teve crescimento de 15%, acima do faturamento médio do grupo e também de concorrentes, como a Lojas Marisa, que encerrou o ano passado com aumento de 3,4%. O resultado da área de Abreu inclui, ainda, o bom desempenho da marca Taeq, voltada para atividades esportivas e de lazer, que apresentou aumento de receita superior a 20% em 2009. Abreu sabe que não poderá competir em tamanho (leia-se faturamento) com a área alimentos, o forte do Extra, mas quer superá-la em termos relativos em 2010. "Pretendo crescer 50% a mais do que o Extra este ano", afirma.

 

Veículo: O Estado de São Paulo

 

 


Veja também

Produção integrada ganha reforço de R$ 3 milhões

Ministério monitora todas as etapas de produção, análise de resíduos de agrotó...

Veja mais
Lojas tiram coelho da cartola para vender

Supermercados e shoppings usam redes sociais, promoções e concursos para incrementar a venda de ovos de ch...

Veja mais
Anvisa restringe venda de emagrecedor

Sibutramina, uma das principais substâncias usadas para perda de peso, só poderá ser comprada com re...

Veja mais
Ricardo Eletro e Insinuante se unem e já falam em novas fusões para crescer

Empresa, que passa a ser a segunda maior do País em eletroeletrônicos e móveis, planeja entrar em S&...

Veja mais
Controladora da Riachuelo lucra 56% a mais, a R$ 214,2 mi

A Guararapes confecções, dona da Lojas Riachuelo, uma das principais redes varejistas no segmento de vestu...

Veja mais
Village opta por loja própria e projeta crescimento de 15%

Para elevar em 15% o faturamento com a venda de produtos para a Páscoa, data que corresponde a 40% de suas vendas...

Veja mais
Varejo deve encarar mais movimentos de fusão

A rede Magazine Luiza deve reagir às últimas fusões ocorridas no seu segmento: segundo fontes de me...

Veja mais
Vicunha investirá mais R$ 650 mi em 3 anos

Depois de dois anos de dificuldade com resultados negativos no balanço, a Vicunha Têxtil enxuga opera&ccedi...

Veja mais
Governo de SP reduz alíquota de ICMS para 7% na indústria têxtil

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), assinou ontem decreto que estabelece a redução...

Veja mais