Giassi promete acirrar disputa por vendas em Santa Catarina

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Prestes a completar 50 anos à frente dos negócios da segunda maior supermercadista de Santa Catarina - a 21ª primeira do País, com 10 lojas, de acordo com o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) -, o empresário Zefiro Giassi, presidente da Giassi Supermercados, aposta na abertura de uma nova loja, ainda neste ano, na região litorânea do estado para alcançar R$ 805 milhões em faturamento em 2010. Ano passado a rede teve receita de R$ 700 milhões.

 

Para esquentar a briga com a rede Angeloni, hoje a líder estadual no ranking da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), o empresário pretende abrir, pelo menos, uma loja por ano durante cinco anos para cumprir com o programa de crescimento da rede. "Espero que neste ano a gente possa manter a posição, e cumprir com as metas", diz o presidente da empresa, Zefiro Giassi, que afirma: "Já cumprimos em dois anos; agora vamos lutar para manter o ritmo nos próximos três anos", conta.

 

Com o crescimento dos negócios e, consequentemente do prestígio, o empresário afirma que já atrai o interesse de empresas interessadas em comprar suas lojas de supermercados no litoral catarinense. "Toda pessoa que tem um poder de barganha e uma carteira de clientes acaba chamando a atenção de investidores", diz o empresário, apesar de negar o interesse em vender parte de seus negócios. "Nunca pensei sobre isso".

 

O empresário e ex-professor de uma escola municipal em Criciúma - abandonou o magistério por causa dos baixos salários - resolveu apostar na vocação de comerciante, conta que os negócios no varejo tomaram proporções maiores do que o plano inicial. "Atingimos algo que não pensávamos. Na verdade eu tinha em mente que fosse algo menor; hoje vejo nossas lojas e me sinto vitorioso", conta animado. Hoje a rede possui mais de 3.600 funcionários. "Comecei os negócios porque estava desanimado com o salário baixo que ganhava como professor, na época. Não deixei de lecionar por não gostar da área, mas porque ganhava pouco".

 

Segundo Zefiro Giassi, a primeira loja foi montada a partir de 275 mil cruzeiros, dinheiro que o empreendedor pegou emprestado com amigos e pagou com juros de 0,5% para viabilizar os planos de montar o negócio. "Tive que pagar juros para começar meu negócio". "Na verdade começamos com boa vontade e disposição para fazer negócios", conta orgulhoso de ter fundado uma das principais varejistas da Região Sul brasileira. "Quando iniciamos com autosserviço, ainda não tinha esse tipo de operação na cidade", diz.

 

Giassi conta que a primeira investida no varejo foi com a venda de tecidos, e tentou até abrir uma distribuidora de produtos para armarinhos, como linhas e agulhas; mas foi com os supermercados que ele ganhou prestígio e desenvolveu a rede que conta hoje com um frigorífico, negócios agrícolas e uma empresa para beneficiar cereais para abastecer às lojas. O grupo possui também um braço imobiliário, porém de menor porte. "Comecei vendendo tecido por metro, mas não me acostumei. Aí mudei os produtos, até chegar nos supermercados em 1970", conta o empresário.

 

Concorrência

 

Para brigar com redes regionais e gigantes como o Walmart Brasil - que tem 14 lojas na região - pelas vendas, que este ano devem ter alta próxima a 6% segundo estimativas da associação do setor na região Acats, o empresário acredita que é fundamental investir em políticas de preços baixos, com promoções especiais para cada dia da semana. "a gente prepara uma boa negociação com os fornecedores de algum produto e coloca a margem lá em baixo, próxima a zero", afirma o empresário. "É a nossa forma de chamar clientes para a loja", diz.

 

Zefiro Giassi conta que a região de Santa Catarina é um dos mercados mais disputados do País no segmento de supermercados: Além do Grupo Giassi e Angeloni, outras três empresas estão no páreo para beliscar as primeiras posições no ranking regional: Imperatriz e Bistek, ambas de médio porte; e Big - braço do Walmart Brasil - que atua na região com 6 unidades da bandeira. De acordo com o empresário Zefiro, a disputa pela preferência do consumidor, na região, acontece mais forte entre sete empresas entre grandes e médias redes: "Na verdade são as mais fortes do estado", confirma. Porém, o fundador da segunda maior rede de Santa Catarina descarta encarar a concorrência como algo essencial. "Considero colegas de trabalho".

 

Veículo: DCI

 


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