Com o mercado em expansão, os fabricantes de massas investem para atender a demanda.O Grupo Selmi, dono das marcas Renata e Gallo, espera crescer em 2010, 9% no segmento de macarrão instantâneo. "O instantâneo tornou-se uma grande aposta e teve grande crescimento nos últimos três anos devido à sua praticidade", afirma o presidente da empresa, Ricardo Oliveira Selmi.
De olho no mercado, a Selmi também pretende investir R$ 40 milhões em equipamentos e ampliação de fábrica. Deste montante, R$ 9 milhões serão destinados para o segmento de macarrão instantâneo.
O Grupo Selmi produziu 130 mil toneladas de macarrão normal e instantâneo em 2009.
A Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima) está mais otimista ainda, e espera que o segmento de macarrão instantâneo alcance em 2010 a casa de dois dígitos de crescimento, assim superando o percentual registrado no ano passado, em que o setor cresceu 5%. Em 2009 o setor de macarrão instantâneo foi responsável por R$ 1,643 bilhão do faturamento total de massas, setor que fechou o ano tendo faturado R$ 5,879 bilhões. De acordo com o presidente da Abima, porém, Claudio Zanão, o setor ainda não alcançará o patamar de crescimento de 2007, que foi de 13%. "Infelizmente este ano não conseguiremos bater esse recorde, mas vamos duplicar o crescimento de 2009."
De acordo com informações da Abima, no ano passado as massas secas responderam por 84% do consumo no Brasil, as instantâneas, por 13%, e as frescas, por 3%.
A Adria, marca de massas e biscoitos do Grupo M. Dias Branco, também aposta no setor de macarrão instantâneo. "Pretendemos acompanhar os números da Abima, tanto que este ano já lançamos instantâneo para o público infantil", enfantiza a gerente de Marketing da empresa, Tatiana Vidal. A empresa, no entanto, preferiu não divulgar os investimentos no setor. Em 2009 o Grupo M. Dias Branco produziu 251,9 mil toneladas de macarrão e de instantâneo.
Segundo a associação, o papel da categoria de massas é de rotina e a categoria de produtos à base de sêmola e ovos são os mais consumidos, respondendo ambas, somadas, por 70% das vendas.
Nos últimos cinco anos, o faturamento do setor cresceu 18% e o consumo per capita se manteve estável.
O Brasil é terceiro maior mercado consumidor de macarrão do mundo, em termos de consumo.
Veículo: DCI