Às vésperas do início da Copa do Mundo, as fabricantes Philips e Sony decidiram entrar no mercado de TVs de LED no Brasil. A movimentação acontece mais de um ano após os primeiros lançamentos das rivais asiáticas no segmento, que levou ao fortalecimento das marcas LG e Samsung no setor de telas finas no país.
A mesma batalha está prestes a se repetir no novíssimo mercado de TVs de três dimensões, o mais badalado do setor eletrônico no momento. A Samsung começou a comercializar a sua linha de aparelhos 3D em abril no País, com preços a partir de R$ 7 mil. Philips e Sony devem trazer as suas linhas no segundo semestre do ano, quando a Copa acabar, e a preços ainda não revelados.
No caso dos televisores de LED, a estratégia das fabricantes chama a atenção por ser uma decisão tomada após longa espera dos varejistas - que torciam por um aumento de concorrência - e, no caso da Sony, depois de ter informado que havia desistido de comercializar por aqui o seu modelo de 40 polegadas.
O crescimento acelerado das vendas de TVs de LED, que são uma evolução das TVs de cristal líquido (LCD), foi fundamental nesse processo. Era preciso atingir uma maior escala para justificar os altos investimentos necessários para a produção de TVs de LED na Zona Franca de Manaus.
"A tecnologia do LED começou a se popularizar neste ano. Percebemos que havia chegado o momento de entrar no mercado", diz Eduardo Junqueira, diretor de marketing para a linha de TVs da Philips. Dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) mostram que foram vendidos mais de 1,4 milhão de aparelhos de LCD (incluindo nesse cálculo a TV de LED) de janeiro a março. O volume representa quase 37% de tudo o que foi comercializado em LCDs em 2009. Nas redes varejistas, a briga vai envolver diferenças em tecnologia e preço - algo que deve se repetir na batalha pelo mercado de 3D nos próximos meses.
Veículo: Valor Econômico