Comida de cachorro

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A Pro Teste comparou a qualidade de oito rações secas para cães. Saiba o que seu bicho anda comendo

A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) testou oito marcas de rações secas para cães adultos. Foram comparadas Dog Chow , Beneful, Alpo, Kanina, Herói, Champ, Gran Cão e Pedigree, nos sabores carnes e vegetais.

 

No final, a avaliação mais alta foi para a Dog Chow, que custa entre R$ 17,43 e R$ 32,70 na embalagem de 3 quilos. Mas a melhor relação qualidade/preço foi atingida pela Kanina, cujo pacote de 2 quilos é vendido entre R$ 7,80 e R$ 13,28.

 

Os produtos testados têm bom teor de proteínas,vitaminas, minerais e fibras. As exceções foram Gran Cão e Pedigree, que receberam uma avaliação final mais baixa, por apresentarem grande quantidade de cinzas, o que indica baixa qualidade da matéria-prima, como cascas de cereais e farinha de aves (com excesso de penas, patas e bicos). Quanto maior a quantidade de cinzas, menor a qualidade nutricional e pior a digestão do animal.

 

O teste também verificou a quantidade de fibras das rações. Nesse item, Pedigree e Beneful não foram bem.

 

No item da qualidade da gordura, nutriente essencial para a absorção de vitaminas e importante para o sabor da ração, destacaram-se Alpo, Beneful, Champ, Dog Chow e Kanina.

 

Todas as marcas apresentaram altas doses de vitamina A, bons teores de D e quantidade adequada de vitamina E.

 

A Pro Teste conferiu a presença de cálcio, fósforo, sódio e zinco nas rações, e se as quantidades atendiam as necessidades dos cães adultos. O destaque, aqui, foi a Pedigree. Mas as outras, exceto a Beneful, também foram bem nesse item.

 

O equilíbrio nutricional foi o aspecto de maior peso na avaliação da Pro Teste. O ideal é que a energia do alimento seja, em sua maior parte, proveniente de carboidratos, depois proteínas e, por último, gorduras. Seguindo esses parâmetros, três marcas foram melhor: Beneful, Dog Chow e Gran Cão.

 

Em relação aos rótulos, Champ, Herói e Pedigree não informam a data de fabricação.
A Pro Teste pesquisou também a oferta e os preços das rações em pet shops, supermercados e hipermercados. A marca mais fácil de achar foi a Pedigree: só perdeu para a Alpo em Porto Alegre. Os melhores preços foram encontrados nos hipermercados, onde há também maior variedade de marcas.

 

Como foi feita a avaliação

 

A Pro Teste considerou os seguintes itens para a avaliação das rações:

 

Rotulagem
Foi verifi cado se as informações são claras e se ajudam o consumidor a escolher o produto mais adequado ao seu bicho;

 

Fibras
Foi pesquisado se a quantidade desse nutriente presente na ração atende aos parâmetros mínimos para dar a sensação de saciedade ao animal;

 

Matéria-prima
Foram analisados níveis de cinzas presentes nos alimentos;

 

Conservantes
O estudo checou a presença do conservante BHT (butil-hidroxitolueno) nas rações;

 

Gorduras
Foram examinados o teor de gordura na matéria seca, a quantidade de ácido linoléico, o índice de peróxidos e a presença de gordura trans;

 

Vitaminas
Foi calculada a presença das vitaminas A, D e E;

 

Minerais
Foram medidas as quantidades presentes de cálcio, fósforo, sódio e zinco nas rações;

 

Proteínas
Foi medida a presença dos aminoácidos lisina e metionina, ligados à síntese de substâncias celulares relacionadas a fatores de crescimento e à produção de enzimas e hormônios, entre outras funções vitais;

 

Equilíbrio nutricional
O estudo calculou a proporção de carboidratos, gorduras e proteínas nas rações.

 


Empresas contestam

 

A Granfino, que fabrica a ração Gran Cão, diz, por meio de nota, que o nível de cinzas em seu produto está dentro dos padrões aceitos. Segundo a empresa, o Ministério da Agricultura, que fiscaliza o setor, analisou a ração da marca em maio e não verificou problemas.

 

A Granfino questiona, ainda, o fato de o teste ter apontado excesso de cinzas e, ao final, ter recebido o conceito "aceitável". "Se a ração não foi reprovada, como pode ter apresentado excesso de cinzas?", diz a nota.

 

Já a Mars, detentora da marca Pedigree, enviou um documento afirmando que seus produtos são desenvolvidos com base em estudos científicos reconhecidos e estão em conformidade com as leis brasileiras.

 

Segundo a nota da empresa, o excesso de cinzas pode ser explicado pela maior quantidade de proteína animal, que é melhor em termos nutricionais, mas apresenta mais cinzas do que a vegetal. "Muitas vezes, um maior conteúdo de cinzas de um alimento, desde que dentro de certos limites, pode representar uma melhor qualidade de proteína e, portanto, melhor qualidade da matéria-prima", diz a Mars Brasil.
Sobre o fato de a embalagem da Pedigree não informar a data de fabricação, a responsável pelo produto alega que a obrigatoriedade só entrará em vigor a partir de dezembro. Diz, ainda, que uma alta proporção de fibras pode comprometer a saúde do animal. (CYRUS AFSHAR)

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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