O destino de 5.048 toneladas de trigo importadas da Argentina, avaliadas em torno de R$ 2 milhões pela cotação de mercado, está sendo discutido judicialmente no Rio de Janeiro. Para a Coordenação de Vigilância Sanitária (CVS) de Portos Aeroportos e Fronteiras do Rio de Janeiro, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os grãos estão contaminados por fezes de ratos e devem ser destruídos. O Moinho Cruzeiro do Sul, responsável pela importação, abriu discussão na 17ª Vara Federal na expectativa de provar que o produto não foi contaminado e pode virar farinha.
Esta quantidade de trigo - parte de uma carga de 9 mil toneladas descarregada em meados de maio - foi estocada no armazém 13. A quantidade de ratos no local atraiu a atenção dos auditores da Receita Federal lotados no Porto do Rio, também na zona portuária, que acionaram a Vigilância Sanitária. A fiscalização das condições de uma carga agrícola é da responsabilidade da Vigilância Agrícola (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, que liberou o trigo antes de o produto sair da embarcação.
A avaliação da CVS da Anvisa, porém, não se ateve às condições do produto, mas ao local do armazenamento, onde foram encontrados ratos. Na justiça, os advogados do escritório Siqueira Castro, que defende o moinho, contestam a interdição e levantam a discussão sobre os métodos adotados pelos fiscais da Anvisa por ter sido coletada apenas uma amostra do produto. Alegam que as fezes estavam no armazém, mas não junto aos grãos.
Veículo: DCI