Estiagem prolongada dos últimos meses está entre os motivos
Comum na mesa do brasileiro, o custo do feijão carioca dobrou nos últimos 30 dias e, dos R$ 2,50 o quilo, o preço já está em pelo menos R$ 5 nos supermercados de Ribeirão Preto.
A falta de chuvas dos últimos meses e a consequente queda na produção são os principais vilões para a alta no preço, de acordo com produtores e supermercados.
De acordo com o diretor regional da Apas (Associação Paulista de Supermercados) Éder John Mialich, para a próxima semana a expectativa é de que o preço do feijão sofra um novo reajuste, de aproximadamente 12%.
"Desde o mês passado, temos registrado aumentos semanais no preço do produto", afirmou o diretor.
Outros produtos, como carne, leite e açúcar, também têm registrado aumento nos preços, segundo Mialich, por causa das condições climáticas e pelo desabastecimento do mercado interno.
De acordo com o engenheiro agrônomo do IAC (Instituto de Agronomia de Campinas) Sérgio Carbonell, o preço elevado deve permanecer até a próxima colheita, entre dezembro e janeiro.
"Durante o inverno, o feijão só pode ser plantado em áreas de irrigação, e como isso custa para o produtor, ele deixou de plantar", afirmou.
Para a doméstica Aparecida Janete de Assis Barbosa, 46, o alto preço não impede de comprar o produto. "A gente gasta um pouco mais para não deixar faltar feijão. Mas que está caro, está."
"O preço do feijão pesa no bolso, mas a gente não deixa de comprar porque não pode faltar na mesa", afirmou a camareira Daozira Rodrigues Fiuza, 48.
Veículo: Folha de S.Paulo/Folha Ribeirão