Vita Derm se inspira em rivais para crescer

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Para crescer no mercado de cosméticos, a brasileira Vita Derm adota estratégias muito parecidas com as suas rivais Avon e Natura. Segundo o presidente da empresa, Marcelo Schulman, a Vita Derm inaugura em fevereiro uma produção sustentável no norte do País, amplia a fabricação de cosméticos em sua fábrica na Lapa (SP) e deve adquirir um terreno para uma nova unidade fabril no interior paulista. "Serão mais de R$ 11 milhões em investimentos para viabilizar em 2011 o crescimento de 30% no faturamento da empresa, que deve fechar este ano em R$ 240 milhões", explica Schulman.

 

Schulman explica detalhadamente seus novos investimentos. Segundo ele, a Vita Derm está à procura de um terreno no interior paulista para a construção da terceira planta da empresa. "Precisamos de um espaço de 20 mil metros, que responda por toda a nossa linha de produção atual e comporte os lançamentos previstos para 2011", afirma o presidente da Vita Derm. Segundo ele, o negócio deve ser fechado ainda no primeiro semestre de 2011.

 

A segunda planta produtiva da empresa, a Unidade de Produção Sustentável (Upas) está prestes a ser inaugurada em Manaus (AM) com previsão de início das operações no próximo mês de fevereiro. A Upas faz parte do projeto de sustentabilidade da companhia. Segundo Schulman, todos os insumos para a produção dos cosméticos serão fornecidos pelas comunidades ribeirinhas da região. "Temos uma parceria com a cooperativa de Manaus Coopfitos e forneceremos o treinamento para os produtores", conta o executivo. Ele acrescenta que a iniciativa de construir uma fábrica na região viabiliza o acesso aos produtos direto da própria natureza. Na nova planta será produzida a linha de xampus, óleos corporais e de tratamento facial da Vita Derm. A projeção é iniciar a operação com capacidade de 10 mil produtos mensais.

 

Atualmente, a Vita Derm concentra sua produção na unidade fabril do bairro paulistano da Lapa, com cinco mil metros de área. Schulman diz que a fábrica passará por ampliação no próximo ano para comportar a linha de maquiagem, hoje terceirizada. "A expansão da fábrica será de 20% e está programada para o segundo semestre do ano que vem", conta ele. A ampliação, segundo ele, será para reforçar a linha de maquiagem que representa menos de 5% do faturamento, mas a previsão é ultrapassar 10% no ano que vem.

 

Além da linha de maquiagem, os produtos de coloração, que foram lançados este ano, também receberão investimentos para extensão de linha. Outra aposta da empresa será o lançamento de esmaltes para concorrer com as grandes empresas do segmento de cosméticos que já oferecem este tipo de produto.

 

De acordo com o presidente da Vita Derm, a empresa projeta chegar a 2011 com uma produção de 12 milhões de unidades de produtos e abocanhar uma fatia de vendas hoje nas mãos das concorrência, que são as vendas porta-porta.

 

"Vamos iniciar o porta a porta no segundo semestre do ano que vem e, para isso, estamos fazendo estudo de campo" afirma ele. Além do mercado interno, o executivo da Vita Derm faz projeções para operações no exterior. "O Brasil não é competitivo para nossas exportações, mas estamos querendo propagar o conceito de características dos produtos da Amazonas para todo o mundo", explica Schulman.

 

O presidente da empresa afirma que os países do Oriente Médio receberão maior destaque nos negócios externos da companhia. As exportações da Vita Derm são direcionadas para 15 países e representam 10% do faturamento.

 

De acordo com Schulman, cerca de 3% do faturamento anual da empresa é direcionado para o desenvolvimento e pesquisa de novos produtos. "Compramos equipamentos europeus de bioengenharia cutânea para testar todos os nossos produtos antes de lançarmos ao mercado", afirma.

 

No faturamento da empresa, 60% corresponde aos produtos de tratamento de beleza, seguido de 25% da linha para cabelos. Já a linha de maquiagens - que receberá aportes para crescer em 2011 - representa pouco menos de 5%.

 

A Vita Derm foi fundada em 1984, pelo empresário e farmacêutico Marcelo Schulman no bairro da Casa Verde na cidade de São Paulo. O crescimento da empresa neste ano chegará a 25% segundo o proprietário.

 

De acordo com a Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o setor deve crescer 12% este ano, superando os R$ 24,97 bilhões de receita do ano passado.

 

Veículo: DCI


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