Supermercados em MG estimam receita de R$ 14 bi no próximo ano

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Os supermercados mineiros devem faturar cerca de R$ 14 bilhões em 2011, o que corresponde a um crescimento de 5% ante o resultado previsto para este ano, quando o setor espera movimentar R$ 13,1 bilhões. Para garantir o crescimento da receita, as empresas pretendem investir cerca de R$ 215 milhões. Os recursos serão aplicados na abertura de 42 lojas no Estado e na reforma de outros 57 estabelecimentos. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis).

 

De acordo com o superintendente da entidade, Adilson Rodrigues, a expectativa positiva tem como base a manutenção do nível de consuno interno e os investimentos programadas pelo governo. "O país vem crescendo em um ritmo forte e o setor não acredita em uma freada brusca. O governo fará ajustes, mas eles não devem comprometer o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano", afirmou.

 

Por isso, conforme Rodrigues, a previsão de crescimento para o próximo exercício é menor do que a feita para este ano. Conforme números divulgados no início de 2010 pela Amis, o setor supermercadista mineiro projetava um incremento de 6% para este ano. Porém, no acumulado de janeiro a novembro, as vendas já acumulam alta de 8,56% em relação a 2009.

 

A estimativa da entidade para 2011 também prevê a criação de 8 mil postos de trabalho, com o contingente empregado no setor totalizando 140 mil trabalhadores até o encerramento do próximo ano. Isso irá representar um incremento de 6% frente aos cerca de 132 mil trabalhadores atualmente empregados no segmento em toda Minas Gerais.

 

As vendas do setor supermercadista mineiro em novembro recuaram 5,35% na comparação com outubro

 

Vendas - As vendas do setor supermercadista em novembro deste ano apresentaram queda de 5,35% em relação a outubro. Entretanto, na comparação com igual mês de 2009, o desempenho foi positivo, com alta de 6,76%. Já no acumulado dos 11 primeiros meses de 2010 foi registrado crescimento de 8,56%, frente o mesmo intervalo de 2009.

 


De acordo com o superintendente da Amis, a queda na comercialização em novembro já era esperada pelas empresas. "Todo ano ocorre isso. O consumidor reduz os gastos e compra apenas itens de maior necessidade, já prevendo realizar em dezembro, com as celebrações de final de ano, uma compra mais completa", explicou Rodrigues.

 

Segundo ele, o referencial mais importante para o setor nessa época do ano é o comparativo com as vendas realizadas no mesmo mês do exercício passado. "Essa comparação mostra que o setor continua aquecido", justificou.

 

Rodrigues também ressaltou o impacto da ocorrência de dois feriados em novembro e de quatro finais de semana, contra cinco em outubro. "As vendas do setor nos finais de semana são muito significativas. Portanto, esse fator também pesa no comparativo sobre o mês anterior", ressaltou.

 

A redução dos gastos em novembro, conforme a Amis, alimenta a expectativa do segmento para o último mês do ano. Segundo dados da entidade, na comparação do desempenho de dezembro sobre o total computado em novembro, o setor supermercadista espera um aumento de até 25% nas vendas.

 


Regiões - Conforme o levantamento feito pela Amis, os negócios recuaram em todas as regiões pesquisadas. Para Rodrigues, esse resultado também é reflexo do comportamento de compra mais cauteloso por parte dos consumidores no período.

 

Os estabelecimentos localizados no Vale do Rio Doce apresentaram a maior retração, segundo a entidade, com queda de 7,35% nos negócios. A região Norte vem em seguida, com recuo de 5,90% no desempenho no período. No Sul de Minas as vendas registraram redução de 5,89% e na região Central a queda foi de 5,41%. Em seguida surgem a Zona da Mata (-4,93%), o Centro-Oeste (-4,47%) e o Triângulo (-4,46%).

 

Ainda conforme Rodrigues, a Amis está realizando um levantamento para cadastrar estabelecimentos do varejo, como sacolões, padarias e mercadinhos que ampliaram as suas operações, aumentando o mix de produtos comercializados. Segundo ele, esses empreendimentos adquiriram porte e perfil que os aproximam cada vez mais da atividade supermercadista. "Esses estabelecimentos cresceram e não há motivo para ficarem de fora do levantamento", explicou.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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