Apesar da oposição da indústria farmacêutica, em 2011 começam a ser instaladas nas drogarias as primeiras máquinas para checar a veracidade de medicamentos por meio de um selo de segurança fornecido pela Casa da Moeda.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em parceria com a Anvisa, começará a colocar os leitores óticos em 800 farmácias localizadas em supermercados, segundo Sussumu Honda, presidente da associação.
"A Anvisa tem encontrado muita falsificação. É um problema que afeta o país, apesar de parecer incomum em grandes centros", diz Honda.
Remédios adquiridos em outras farmácias também poderão ser testados.
Lojas das redes Carrefour, Walmart, Coop, Grupo Pão de Açúcar, Angeloni e GBarbosa devem ser as primeiras a receber os equipamentos, segundo a Abras.
A criação do selo para combater a falsificação, iniciativa tomada pela Anvisa, é contestada pela indústria farmacêutica, que entrou na Justiça para tentar derrubar a medida e aguarda decisão.
A indústria é contra o uso do selo, por considerar os custos envolvidos em sua implantação muito altos.
Uma seladora moderna e rápida pode custar 500 mil, segundo Nelson Mussolini, vice-presidente do Sindusfarma (sindicato do setor), que diz que a verificação poderia ser feita apenas por meio de um código 2D, semelhante ao código de barra.
A adoção do selo de segurança pode onerar também o consumidor final e afetar a inflação, segundo Mussolini.
"O aumento no custo não pode ser repassado ao preço final, mas chegaria ao consumidor pelo mercado, com a retirada de descontos."
Veículo: Folha de S.Paulo