Varejista diz que freio no crédito não afeta vendas

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Máquina de Vendas quer investir até R$ 70 milhões em novas lojas em 2011

 

A segunda maior varejista de móveis e eletrodomésticos, a Máquina de Vendas, está otimista com os resultados em 2011, apesar da sinalização do governo de que pretende frear o consumo.

 

Ricardo Nunes, presidente da holding formada há um ano pela união entre Ricardo Eletro e Insinuante, acredita que o setor poderá aumentar ainda mais os ganhos com essas medidas.

 

A empresa prevê faturar R$ 6,3 bilhões neste ano, 10% a mais do que no ano passado, e investir de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões.
"Quando o governo fala em segurar [o consumo], o efeito chega antes nos gastos com casa e carro. O eletrodoméstico é o último porque é o bem durável mais barato. Isso deverá favorecer o setor por redirecionar o consumo", disse Nunes à Folha durante a Movelpar (Feira de Móveis do Paraná), realizada entre os dias 14 e 18.

 

SEM CONTRATEMPOS

 

Na visão de Nunes, o varejo não deverá ter nenhum contratempo até 2014. "O setor está muito aquecido, não vemos dificuldades pela frente", afirmou.

 

A varejista pretende abrir 50 lojas neste ano, além de consolidar as cerca de 40 que foram inauguradas no ano passado. "As unidades estarão em regiões onde já atuamos, como Mato Grosso, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza.
Queremos virar líder onde já estamos presentes."

 

De acordo com o empresário, não há previsão para a chegada a regiões onde ainda não há lojas, como na capital paulista e no Sul. "Certamente entraremos nesses locais. Estamos esperando a hora certa. Pode ser daqui um ano ou seis meses, depende dos negócios que vão surgir."

 

Sobre aquisições, o executivo diz que o grupo está prospectando novos negócios, mas que no momento não há negociações. "Estamos focados mais na integração, na arrumação da casa."

 

Após um ano de integração, a Máquina de Vendas contabiliza R$ 250 milhões de ganhos de sinergia somente no ano passado. "Neste ano ainda haverá mais ganhos, com integração, por exemplo, do setor de informática a partir de junho. Em 2011 vamos conseguir integrar completamente."

 

Assim como a concorrente Magazine Luiza, a varejista também se prepara para a abertura de capital, mas ainda não há uma definição de quando isso ocorrerá.
"Nossa fusão é muito recente ainda. Esperamos que no ano que vem já estejamos preparados para fazer, se for necessário."

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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