As medidas de restrição ao crédito tomadas pelo Banco Central devem afetar as vendas de bens duráveis nas grandes redes de supermercados, mas podem beneficiar os varejistas que trabalham com alimentos, afirmou ontem o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda.
Com o menor comprometimento da renda familiar, provocado pela limitação dos financiamentos, uma parcela maior do orçamento tende a ser destinada ao consumo de produtos de menor valor e que não dependem de crédito, segundo o executivo. "Quando o consumidor deixa de se endividar há um aumento no consumo de produtos do dia-a-dia", afirmou.
Honda destacou que o setor registra um crescimento contínuo há cinco anos, em conseqüência do aumento da renda da população, em especial das classes C, D e E. Para este ano, a projeção da associação é de um aumento da ordem de 4% nas vendas reais dos supermercados.
Veículo: Diário do Comércio - MG